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Busca por submarino argentino completa 4 dias sem sinal de localização

Navios e aviões de seis países participam das buscas; Marinha recebeu chamadas por satélite, mas não definiu se vieram do ARA San Juan, nem a localização exata das ligações

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Por Redação
Atualização:
O submarinoARA San Juan, da Argentina, onde morreram 44 pessoas em 2017. Construído pela Alemanha, o submarinoestava em uso desde1983. Foto: Marinha Argentina, via AP

Com ventos de 90 km/h e ondas de quase sete metros de altura no Oceano Atlântico, as buscas pelo submarino argentino ARA San Juan, que está desaparecido desde quarta-feira, entraram no quinto dia hoje. As esperanças de encontrar a embarcação e seus 44 tripulantes se reavivaram no sábado, quando a Marinha identificou sete tentativas de chamadas via satélite com bases navais argentinas. 

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As chamadas, com uma duração entre 4 e 36 segundos, foram recebidas entre as 10h52 e as 15h42 (11h52 e 16h52 no horário de Brasília) em distintas bases da Marinha. Não chegou a haver contato. Os sinais foram detectados com a colaboração de uma empresa americana especializada em comunicação satelital. “Agora trabalhamos com esforço para determinar a localização precisa do emissor dos sinais, diante da presunção de que poderia tratar-se do submarino que leva a bordo 44 tripulantes”, afirmou o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi. “O mais importante é descobrir se as chamadas saíram do submarino ou se eram sinais emitidos para o submarino.”

Balbi disse que o péssimo tempo é o principal complicador para o sucesso das buscas. “Os navios usam sondas que emitem sinais para fazer a varredura no fundo do mar, mas com o mau tempo e as ondas altas, os sinais voltam com muitos ecos, reduzindo a chance de localização”, disse Balbi. 

Apesar da apreensão em relação à capacidade de os tripulantes sobreviverem por tanto tempo à deriva, as Forças Armadas garantem que não há perigo de faltar oxigênio ou comida para os tripulantes. “Ainda há mantimento e oxigênio por pelo menos mais 15 dias”, afirmou Gabriel González, capitão chefe da Base Naval de Mar del Plata, onde o ARA San Juan deveria ter chegado ontem de sua viagem de Ushuaia.

Ajuda. O ARA San Juan, com 44 tripulantes, está perdido desde quarta-feira, quando estabeleceu seu último contato a 430 quilômetros da costa de Chubut no Atlântico Sul, enquanto navegava voltando de Ushuaia em direção a Mar del Plata. As buscas começaram na quinta-feira e seis países enviaram ajuda: Brasil, Uruguai, Chile, EUA, França e Reino Unido. No total, são 8 aviões e 18 barcos militares, além de cerca de 25 pesqueiros, no esforço para encontrar o San Juan. 

Segundo as Forças Armadas, pouco mais de 80% da área definida para as buscas na superfície do Oceano já foram vasculhadas (cerca de 200 quilômetros no mar). A Marinha já começou as buscas nas profundezas do mar. O submarino tem uma velocidade submersa de 25 nós, 45 km/h, e pode navegar até profundidades superiores a 250 metros. Ambos os parâmetros são levados em consideração ao traçar a área de buscas. / AP, EFE e REUTERS

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