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Busca por submarino argentino entra em fase crítica por escassez de oxigênio

Segundo o porta-voz das Forças Armadas, Enrique Balbi, o clima favorável na região permitirá novidades na busca

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Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES - A busca por um submarino argentino que desapareceu há uma semana no Atlântico Sul entrou em uma fase crítica nesta quarta-feira, uma vez que seus tripulantes podem começar a sofrer com falta de oxigênio.

Parentes dos tripulantes do ARA San Juan homenageiam os desaparecidos

O submarino ARA San Juan pode estar sem propulsão e submerso devido a uma falha elétrica, o que deixaria seus tripulantes com pouco oxigênio, caso não tenham sido capazes de renová-lo nos últimos dias.

Bandeira argentina com um submarino é exibida em apoio à missão de busca pelo ARA San Juan em Mar del Plata Foto: AFP PHOTO / EITAN ABRAMOVICH

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Segundo o porta-voz das Forças Armadas, Enrique Balbi, o clima favorável na região permitirá novidades na busca, depois que o vento forte e algumas tempestades durante o final de semana dificultaram as operações de resgate, das quais participam cerca de 4 mil pessoas e aproximadamente 30 aviões e barcos da Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Chile.

Até agora, uma superfície de quase 500 mil quilômetros quadrados onde acredita-se que o submarino pode estar foi patrulhada pelo ar, embora ainda falte rastrear uma ampla área de forma marítima.

Drama

Os familiares dos tripulantes começaram a mostrar desespero na cidade de Mar del Plata, onde o submarino deveria ter chegado no começo da semana.

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Para lembrar: Torpedo explodiu dentro do Kursk

“Viemos hoje porque tínhamos esperança de que tinham voltado. É incompreensível que tenha passado tanto tempo. Temos muita dor”, disse à Reuters Elena Alfaro, irmã de Cristian Ibáñez, especialista em radares que estava no submarino.

A embarcação deixou a cidade de Ushuaia no dia 13 de novembro a caminho de Mar del Plata, uma cidade turística localizada 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, e deveria ter chegado a sua base no último domingo ou segunda-feira. A última vez que o submarino fez contato com o continente foi no dia 15 de novembro.

Buscas

De acordo com Balbi, os sinais sonoros foram descartados pelos navios que patrulham a área do Atlântico Sul onde o submarino pode ter desaparecido. Embarcações americanas que buscam o ARA San Juan por meio de imagens térmicas não encontraram nenhum sinal dele.

Uma corveta e um destróier da Marinha argentina também não conseguiram detectar sinais do submarino por meio de sonares. O antisubmarino brasileiro P3, que opera a partir de Mar Del Plata, sobrevoou a superfície do oceano em busca de anomalias magnéticas também tentou encontrar, sem sucesso, sinais do submarino argentino. / REUTERS