Caças de EUA e Rússia voltam a se aproximar em operações na Síria

Segundo governo russo, manobra realizada entre 2 e 3 quilômetros de distância serviu para 'identificação'; Washington diz que aviões fizeram 'contato visual'

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Por Redação

DAMASCO - Um jato de combate russo se aproximou de uma aeronave da Força Aérea dos Estados Unidos sobre o território sírio no sábado para identificá-lo, "não para assustá-lo", disse o Ministério da Defesa da Rússia nesta quarta-feira, 14, segundo a agência de notícias Itar-Tass.

O ministério disse, porém, que o caça russo Su-30CM manteve uma distância de 2 a 3 quilômetros da aeronave americana. De acordo com Washington, caças dos EUA e da Rússia chegaram a uma distância bem menor - permitindo identificação visual - sobre a Síria, onde os antigos inimigos da Guerra Fria realizam campanhas rivais de bombardeios aéreos.

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Na semana passada, aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA que luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tiveram de ser mudar de rota ao menos uma vez para evitar as aeronaves russas na Síria, disse o Pentágono.

"Temos conhecimento, ao menos uma vez, de que foi preciso tomar medidas para modificar a rota para assegurar que não ocorra uma distância insegura" disse na ocasião o capitão da marinha dos EUA, Jaeff Davis.

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Bombardeios. Também nesta quarta-feira, a coalizão liderada pelos americanos informou que realizou 18 ataques aéreos ao EI, dos quais 16 foram contra alvos no Iraque e os outros 2 na Síria.

A coalizão afirmou que destruiu nos ataques unidades táticas, veículos, posições de combate, armas, prédios e depósitos de explosivos do grupo terrorista em oito cidades iraquianas. Nos alvos russos, teriam sido destruídos unidades táticas, veículo e um prédio perto da cidade de Raqqa.

Moscou também informou nesta quarta-feira sobre seus bombardeios ao Estado Islâmico na Síria. Segundo o governo russo, em 24 horas foram realizadas 41 missões, resultando em ataques a 40 alvos dos jihadistas.

Segundo um funcionário do ministério da Defesa da Rússia citado pelas agências de notícia do país, foram destruídas estruturas do EI perto de Alepo que eram utilizadas na construção de dispositivos explosivos para ataques suicidas. / REUTERS e AP

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