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Caças franceses destroem fábrica de foguetes do EI em Alepo

Aeronaves usaram a versão mais moderna do míssil de cruzeiro Scalp

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Ofensiva. Caças Rafale lançaram mísseis de cruzeiro Scalp Foto: AFP

Os caças Rafale rugiram sobre a cidade de Alepo, norte da Síria, em três madrugadas sem lua, para atingir uma fábrica subterrânea de foguetes, morteiros e explosivos do Estado Islâmico. Os aviões, em grupos de quatro, saíram do porta-aviões francês Charles De Gaulle, deslocado para o Mediterrâneo há dois meses, em reação aos atentados de novembro, em Paris.

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As aeronaves usaram a versão mais moderna do míssil de cruzeiro Scalp, com alcance na faixa de 300 km a 500 km e cabeças de ataque de 450 quilos.

Segundo o Ministério da Defesa da França, serviços de inteligência da coalizão que fornece apoio aéreo ao Exército sírio, haviam localizado a instalação industrial no eixo dos distritos de Najjarah e Aiesh. Mas a coleta de imagens feita por satélites e aeronaves de observação não confirmou as informações. Segundo o Comando Expedicionário francês, foram acionados agentes de campo – espiões, a rigor – que estabeleceram as coordenadas do alvo.

O centro de produção e o local de armazenamento das armas, duas células independentes, haviam sido construídos quatro metros abaixo do nível do solo, reforçados por lajes de concreto com placas de aço. Os mísseis Scalp levavam uma ogiva de dupla ação – a primeira detonação é de penetração e a segunda, de fragmentação, com microesferas metálicas, faz a destruição.

A primeira onda de bombardeio, pouco depois da meia-noite de sábado, atingiu um comboio de caminhões que levava armas para a vila de Kweiris, onde funciona uma base aérea. Nos dois dias seguintes os supersônicos Rafale despejaram oito Scalps – cada um não sai por menos de 790 mil euros – sobre o local. Em terra, o Exército da Síria aproveitou o atordoamento do Estado Islâmico e lançou uma ofensiva na parte oriental de Aleppo. Ontem à noite, a batalha continuava.

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