Canadá expulsará diplomata venezuelano em medida retaliatória

Decisão é resposta a declaração venezuelana de que encarregado de negócios canadense é persona non grata na Venezuela; Brasil espera comunicado oficial

PUBLICIDADE

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli
Atualização:

TORONTO - O Canadá vai expulsar um diplomata venezuelano e impedir que o embaixador do país retorne, disse a ministra canadense das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, nesta segunda-feira (25), depois de o país sul-americano expulsar enviados do Canadá e do Brasil por críticas feitas contra o histórico do governo venezuelano nos direitos humanos.

A Venezuela afirma que governos estrangeiros estão tentando encorajar um golpe de direita no país. Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

PUBLICIDADE

Nações ocidentais e vizinhos latino-americanos têm cada vez mais criticado o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, neste ano, acusando-o de atacar a democracia e os direitos humanos. A Venezuela afirma que governos estrangeiros estão tentando encorajar um golpe de direita no país.

A Venezuela já retirou seu embaixador do Canadá em protesto contra sanções do governo canadense ao governo Maduro, impostas em setembro.

+Venezuela liberta 36 presos políticos na véspera de Natal

Em comunicado, Freeland disse que o embaixador não é mais bem-vindo no Canadá e que o encarregado venezuelano de assuntos é persona non grata. Freeland disse que a expulsão pela Venezuela do diplomata canadense no fim de semana é “típica do regime de Maduro, que consistentemente minou todos os esforços para restaurar a democracia e para ajudar o povo venezuelano”.

“Os canadenses não aceitarão que o governo da Venezuela roube os direitos democráticos e de direitos humanos fundamentais de seu povo, e nega a ele acesso a assistência humanitária básica”, disse ela no comunicado.

O Brasil também teve seu embaixador em Caracas, Ruy Pereira, expulso da Venezuela, mas o Itamaraty espera um comunicado oficial antes de adotar a reciprocidade.

Publicidade

 /REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.