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Canadense alega que foi impedida de entrar nos EUA por ter vídeos em árabe no celular

Fadwa Alaoui disse que foi interrogada durante quatro horas no posto situado na fronteira entre Canadá e EUA; dentre as perguntas, estava escolha religiosa, mesquita frequentada e opinião sobre as políticas de Donald Trump

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Por Redação
Atualização:

TORONTO - Uma canadense de origem marroquina denunciou nesta quinta-feira, 9, que as autoridades americanas negaram sua entrada no país porque seu celular continha vídeos em árabe, após ser questionada na fronteira sobre sua religião e pontos de vista a respeito do presidente dos EUA, Donald Trump.

Fadwa Alaoui declarou à emissora canadense CBC que no sábado foi interrogada por agentes fronteiriços americanos quando se dirigia à cidade de Burlington com seus dois filhos e um primo.

Canadense afirmou que, após quatro horas de interrogatório no posto fronteiriço, as autoridades americanas negaram sua entrada no país Foto: AFP PHOTO / Csaba SEGESVARI

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Moradora de Montreal, ela afirmou que, após quatro horas de interrogatório no posto fronteiriço, as autoridades americanas negaram sua entrada no país.

A intenção dela era realizar compras em Burlington, que está situada a cerca de 150 quilômetros ao sul da cidade onde mora.

Milhares de canadenses vão todos os fins de semana a shoppings americanos próximos à fronteira com o Canadá para aproveitar os reduzidos preços de produtos nos EUA.

"Me senti humilhada, tratada, por assim dizer, menos do que nada. Como se não fosse canadense", comentou Fadwa à CBC.

A cidadã canadense explicou que a maioria das perguntas dos agentes focaram em sua religião, se é praticante, a mesquita que frequenta e depois opinião sobre as políticas de Trump. Segundo seu relato, as autoridades americanas solicitaram revistar tanto seu telefone celular quanto o de seu primo.

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Após inspecionar os aparelhos, os agentes perguntaram sobre os vídeos em árabe que, segundo Fadwa, eram orações diárias.

Os agentes então negaram sua entrada nos EUA porque, segundo a declaração, os vídeos armazenados no telefone "são contra nós".

As autoridades canadenses declararam que estão trabalhando para esclarecer a situação, mas acrescentaram que a informação que têm neste momento é que se trata de um caso isolado. / EFE

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