Caracas nega suspensão do Mercosul e garante que continuará participando das reuniões
Chanceler diz que Venezuela não foi notificada sobre direitos suspensos e ‘seguirá exercendo a presidência legítima’ do bloco
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Por Redação
Atualização:
CARACAS - O governo venezuelano advertiu nesta sexta-feira, 2, que não admite a decisão dos quatro países do Mercosul de suspender seus direitos como Estado membro, e afirmou que seguirá participando de todas as reuniões do grupo.
"A Venezuela não reconhece esse ato írrito sustentado na Lei da Selva de alguns funcionários que estão destruindo o Mercosul", escreveu a chanceler Delcy Rodríguez em sua conta no Twitter.
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Ela ainda afirmou que o país - que entrou para o bloco em 2012 - "seguirá exercendo a presidência legítima (do Mercosul) e participará com direito a voz e voto em toda as reuniões como Estado Parte".
"Convocamos os povos do Mercosul que não deixem arrebatar seus mecanismos de integração, sequestrados x burocratas intolerantes", escreveu a ministra das Relações Exteriores na rede social.
Os quatro países fundadores do bloco - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - enviaram uma "comunicação" à Venezuela para indicar que seus direitos no bloco "estão suspensos", informou na quinta-feira uma fonte do governo brasileiro. Mas Delcy indicou que "esta notificação não existe" e a chamou de "falsa".
Marcha na Venezuela pede saída de Maduro do poder
1 / 15Marcha na Venezuela pede saída de Maduro do poder
Protesto contra Maduro na Venezuela
Partidários da oposição lotam as ruas de Caracas contra o presidente Nicolás Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
Mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori participa do protesto Foto: Ronaldo SCHEMIDT / AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Principal avenida de Caracas, a Autopista Francisco Fajado foi tomada por manifestantes contrários ao governo de Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
Os manifestantes criticam a suspensão do referendo revogatório do mandato de Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
A oposição espera reunir centenas de milhares de pessoas no protesto Foto: AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Tatuado com o rosto de Hugo Chávez, manifestante vestido com as cores da oposição pede a saída de Maduro Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestante diz que governo Maduro é uma ditadura e pede sua saída Foto: AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Opositor pede ajuda do governo dos Estados Unidos contra Maduro Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestação ocorre em meio a pedido do Vaticano para que as duas partes dialoguem Foto: AP Photo/Ariana Cubillos
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestante exibe caricatura de Maduro e da reitora do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, responsável pela anulação do referendo Foto: AFP
Proteesto contra Maduro na Venezuela
Maduro tem menos de 20% de aprovação no país Foto: REUTERS/Christian Veron
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Após suspensão do referendo, oposição acusa Maduro de violar a Constituição e implementar ditadura no país Foto: REUTERS/Marco Bello
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup participou da marcha Foto: REUTERS/Christian Veron
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Ex-candidato à presidência, Henrique Capriles também esteve no protesto Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto na Venezuela
Manifestantes tomam avenida de Caracas em protesto contra Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
De acordo com a fonte brasileira, a informação não foi divulgada publicamente porque provavelmente "ainda não foi recebida" oficialmente em Caracas.
A medida está vinculada ao vencimento do último prazo dado em setembro para que Caracas cumprisse com suas obrigações de adesão ao Mercosul, explicou a fonte, que pediu anonimato. Os chanceleres "elaboraram informes, nos quais ressaltam que a Venezuela não cumpriu o acordado" e, em consequência, "enviaram uma comunicação notificando-a de que seus direitos estão suspensos", acrescentou a fonte. / AFP