Casa Branca admite possibilidade de receber Raúl Castro

Presidente americano, Barack Obama, falou na quarta-feira sobre ir à Havana em visita oficial; John Kerry disse que também quer ir

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Por Cláudia Trevisan , de Washington e Correspondente
Atualização:

WASHINGTON - A Casa Branca não descartou ontem a possibilidade de o presidente Barack Obama receber em Washington o presidente de Cuba, Raúl Castro. A eventual visita seria um passo adicional na reaproximação entre os dois países iniciada na quarta-feira, quando foram anunciadas medidas que provocam a maior transformação nos laços bilaterais desde a adoção do embargo econômico pelos EUA em 1962.

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“O presidente recebeu líderes tanto de Burma quanto da China nos Estados Unidos e, por essa razão, eu não descarto uma visita do presidente Castro”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, mencionado dois países que possuem regimes autoritários. Em um gesto de caráter político, o governo americano usa Burma para se referir a Mianmar, nome dado ao país pelos militares.

Anteontem, foi a vez de Obama se mostrar aberto à possibilidade de visitar Cuba. “Eu não tenho planos agora, mas vamos ver como as coisas evoluem”, declarou o presidente em entrevista à rede ABC, poucas horas depois de anunciar as medidas que colocam fim ao isolamento de cinco décadas e meia que marcou o relacionamento bilateral.

Em dezembro de 2013, o presidente norte-americano, Barack Obama chegou a apertar as mãos com o presidente de Cuba, Raul Castro 

Na terça-feira, Obama e Castro conversaram por telefone durante 45 minutos, no primeiro contato do tipo entre líderes dos dois países desde a Revolução Cubana. Antes disso, os dois presidentes haviam se encontrado no funeral de Nelson Mandela, quando protagonizaram um breve aperto de mãos.

O secretário de Estado, John Kerry, foi mais enfático que Obama e disse irá à ilha dos Castro. “Eu espero ser o primeiro secretário de Estado em 60 anos a visitar Cuba”, disse em nota. 

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