Kerry e Lavrov se reúnem para discutir sobre Síria e região separatista

Na semana passada, Rússia e EUA concordaram em intensificar os esforços para estender cessar-fogo sírio para todo o país. Encontro entre secretário de Estado americano e chanceler russo abordará tensão em Nagorno-Karabakh, em meio a escalada da violência

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MOSCOU - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, anunciou que se reunirá nesta segunda-feira, 16, em Viena, com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para abordar os conflitos na Síria, Ucrânia e Nagorno-Karabakh.

"Nesta tarde, em Viena, faremos um encontro bilateral. Depois, amanhã, o Grupo Internacional de Apoio à Síria se reunirá", disse Lavrov, de acordo com a imprensa russa.

John Kerry, secretário de Estado americano Foto: AP Photo/Ronald Zak

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O chanceler russo se mostrou otimista sobre as possibilidades de obter um acerto político do conflito no território sírio, apesar de ter denunciado que os moradores da própria Síria e do Iraque dificultam o processo de paz ao seguir apoiando o Estado Islâmico.

Rússia e EUA acertaram há uma semana, em comunicado conjunto, intensificar os esforços para estender a todo o país o cessar-fogo em vigor na Síria desde o fim de fevereiro.

Os russos se comprometeram a convencer as autoridades sírias a minimizarem o uso de bombardeios contra civis e nos setores controlados por grupos rebeldes que respeitam a trégua.

Quanto à Ucrânia, o chanceler da Rússia disse que os países ocidentais começaram a entender quem conduziu as negociações de paz para um atoleiro, em clara alusão ao governo de Kiev.

Lavrov e Kerry também prepararão para esta tarde o esperado encontro, em Viena, com os presidentes da Armênia, Serzh Sargsyan, e Azerbaijão, Ilham Aliyev, em meio a escalada da violência em Nagorno-Karabakh.

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O Parlamento da Armênia negou incluir na ordem do dia um projeto de lei sobre o reconhecimento da independência da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh, enclave armênio que fica no território do Azerbaijão.

Recentemente, o Ministério da Defesa do Azerbaijão alertou que se a Armênia não cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU para a imediata libertação dos territórios ocupados, a guerra "será inevitável".

A atual tensão entre Armênia e Azerbaijão explodiu no início de abril, quando sangrentos combates na fronteira entre os dois países e em Nagorno-Karabakh provocou a morte de 150 pessoas, grande parte deles militares.

Um acordo de cessar-fogo, que reforçou a atual trégua vigente desde 1994, foi firmado após mais de três dias de hostilidades, apesar de ambos os grupos denunciarem violações diárias do pacto. /EFE

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