Chavismo tenta mostrar força e Maduro ameaça prender opositores

Ato foi convocado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para protestar contra uma suposta tentativa de golpe que estaria sendo tramada pela oposição

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

CARACAS - Centenas de militantes chavistas tomaram nesta terça-feira, 30, o centro de Caracas, em uma tentativa de mostrar unidade às vésperas de uma grande manifestação convocada pela oposição contra o governo de Nicolás Maduro. O ato foi convocado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para protestar contra uma suposta tentativa de golpe que estaria sendo tramada pela oposição. Sem apresentar provas, Maduro responsabilizou o partido Voluntad Popular, do opositor preso Leopoldo López, pela trama. 

"O partido Voluntad Popular é o partido da violência golpista e está metido no golpe do dia 1º", disse o presidente. "Leopoldo López é um agente da CIA. Prenderemos seja quem for."

Maduro cumprimenta simpatizantes chavistas em ato em Caracas Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

PUBLICIDADE

Outro líder chavista,o deputado Diosdado Cabello, homem forte do chavismo pediu união no bloco chavista. "O povo está na rua para manifestar seu amor a um projeto político e seu apoio ao presidente Maduro", disse. "Defenderemos a Constituição e a revolução bolivariana."

Ainda de acordo com Cabello, os chavistas pretendem ocupar as ruas até o protesto marcado pela oposição. Autoridades venezuelanas já disseram que não autorizarão a marcha da Mesa de Unidade Democrática (MUD). Segundo eles, o ato será violento. 

O chavismo voltou a usar o golpe frustrado contra Chávez, em 2002, para criticar a oposição, que pede que o referendo revogatório do mandato de Maduro ocorra ainda este ano - única possibilidade prevista pela lei que implica a realização de novas eleições em caso de derrota chavista. 

"É o mesmo roteiro, os mesmos autores e a mesma patranha contra a pátria", acrescentou Cabello. "O Departamento de Estado dirige um golpe contra o governo e o povo da Venezuela."/ EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.