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Número de mortos nos protestos na Venezuela sobem para 26, diz agência

Desde o início do clima de tensão e protestos no país, foram contabilizados mais de 100 feridos e ao menos 800 presos, conforme a ONG Fórum Penal Venezuelano

Atualização:

CARACAS - Os protestos realizados na segunda-feira em diversas cidades da Venezuela deixaram mais dois mortos, segundo balanço divulgado pela agência de notícias Efe. O prefeito de Libertador, em Mérida, na Venezuela, o chavista Jorge Rodríguez, informou que o estudante Daniel Infante, baleado durante um protesto, morreu.

"Daniel Infante acaba de morrer, baleado. Ele era trabalhador e estudante da Universidade dos Andes", disse Rodríguez, em seu programa semanal de televisão, transmitido pela emissora estatal VTV. De acordo com o prefeito, o rapaz tinha 25 anos e foi atendido em um hospital nos Andes venezuelanos, mas não resistiu.

Homem participa de manifestação contra o governo Maduro em Caracas Foto: Cristian Hernandez/EFE

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Mais cedo, o governador de Mérida, o também chavista Alexis Ramírez, afirmou que José Leonardo Sulbarán era mais uma vítima da violência e tinha morrido "com um ferimento no pescoço em razão de uma bala de um assassino da direita fascista". Ramírez relatou quatro feridos e disse que Infante estava em "estado crítico".

Com estes últimos casos, sobe para 26 o número de mortes que ocorreram em uma onda de protestos contra o governo nas últimas três semanas em todo o país. Apesar do número, a agência France-Presse ainda mantém em 24 o número de vítimas fatais nas manifestações.

Ao menos seis pessoas feridas na segunda-feira seguem internadas, segundo o Ministério Público venezuelano. Desde o início do clima de tensão e protestos no país, foram contabilizados mais de 100 feridos e ao menos 800 presos, conforme a ONG Fórum Penal Venezuelano.

As manifestações começaram após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) assumir as funções do Legislativo no dia 1.º de abril. Mesmo com a reversão da medida, a oposição reforçou o pedido de deposição de Maduro e convocou a população a ir às ruas. O governo e a oposição se responsabilizaram mutuamente pelos incidentes de violência.

Maduro disse no domingo que deseja "eleições já". "Eleições, sim, quero eleições já. É o que eu digo, como chefe de Estado, como chefe de governo", disse o presidente em seu programa na emissora estatal do país. Segundo as pesquisas mais recentes, o mandatário conta com uma rejeição de cerca de 70%.

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“Vamos continuar nas ruas até mudar o poder”, disse o deputado opositor Miguel Pizarro, ao anunciar uma nova marcha contra o governo prevista para esta terça-feira em Caracas. / EFE e AFP

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