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China aponta dificuldades para retomar negociações sobre segurança cibernética com EUA

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Por Redação
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Retomar a cooperação em segurança cibernética entre China e Estados Unidos seria difícil por causa de "práticas equivocadas dos EUA", disse o principal diplomata da China ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry. A cibersegurança é um complicador nas relações bilaterais. Na quarta-feira, o Bureau de Investigação Federal dos Estados Unidos disse que hackers que eles acreditavam ser apoiados pelo governo chinês lançaram mais ataques contra empresas norte-americanas, uma acusação que a China julga improcedente. Em maio, os Estados Unidos acusaram judicialmente cinco oficiais militares chineses por ataques cibernéticos a empresas norte-americanas, o que levou a China a interromper um grupo de trabalho bilateral sobre segurança cibernética. Yang Jiechi, conselheiro estadual de supervisão de Relações Exteriores, disse a Kerry, em Boston, que os Estados Unidos "devem tomar medidas positivas para criar as condições necessárias para que o diálogo sobre segurança cibernética e a cooperação bilateral sejam retomados", segundo comunicado no site chinês do Ministério das Relações Exteriores neste domingo. "Devido a práticas equivocadas dos EUA, é difícil, neste momento, retomar o diálogo sino-americano de segurança cibernética e cooperação", Yang disse, segundo o site. O comunicado não deu mais detalhes. O analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden disse que a agência norte-americana invadiu a infraestrutura de rede oficial em universidades na China e Hong Kong. A China, repetidamente acusada pelos Estados Unidos de ataques, usou as alegações de Snowden como munição para apontar o dedo para a hipocrisia de Washington. (Reportagem de Benjamin Kang Lim)

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