China compra sistemas de defesa antiaérea da Rússia

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Por DMITRY SOLOVYOV
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A Rússia entregou 15 baterias de mísseis antiaéreos S-300 à China, anunciou na sexta-feira a agência de notícias Interfax, cumprindo um contrato cujo valor, segundo analistas, pode chegar a 2,25 bilhões de dólares. A China é importante compradora de armas russas, e os dois países dizem que sua intenção é formar uma parceria estratégica, embora autoridades russas tenham receios quanto à crescente assertividade da China. De acordo com a Interfax, Igor Ashurbeili, diretor geral da Alamz Antei, que fabrica os mísseis, disse que a Rússia entregou 15 baterias de S-300 à China. "Implementamos um contrato de entrega à China do sistema S-300 mais recente", disse Ashurbeili. Ele não deu detalhes quanto ao valor da transação. Não foi possível obter declarações imediatas de um representante da fábrica. Analistas dizem que os contratos de entrega dos mísseis S-300 à China foram assinados em meados dos anos 2000 e que cada bateria custa cerca de 120-150 milhões de dólares. Isso indica que o valor do contrato chinês foi de cerca de 1,80-2,25 bilhões de dólares. No ano passado, as exportações de armas russas chegaram ao recorde pós-soviético de 8,5 bilhões de dólares. Dois terços das vendas foram feitas à Argélia, Índia e China. Outros 20 por cento das entregas foram feitas à Síria, Venezuela, Malásia e Vietnã. Moscou declarou que tem planos de cumprir um contrato de fornecer os mísseis S-300--apelidados na Rússia de "os favoritos"-- ao Irã, fato que preocupa Israel e os Estados Unidos. A possível venda a Teerã dos S-300, que poderiam proteger as instalações nucleares iranianas contra ataques aéreos, tornou-se uma questão delicada nas relações da Rússia com Israel.

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