China executa dois por escândalo do leite contaminado

Condenados foram acusados de colocar em perigo a segurança pública; mais de 300 mil crianças ficaram doentes

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Por Redação
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 Duas pessoas foram executadas nesta terça-feira, 24, na China por envolvimento no escândalo do leite contaminado com melamina, que afetou no ano passado mais de 300 mil crianças, seis das quais morreram. Segundo informou a agência oficial "Xinhua", o Tribunal Popular Intermédio de Shijiazhuang (província de Hebei, no norte) condenou os executados, Zhang Yujun e Geng Jinping, por colocar em perigo a segurança pública ao produzir e vender várias centenas de toneladas de concentrado de melamina às empresas lácteas.

 

 

Em janeiro, Zhang foi declarado culpado de colocar em perigo a segurança pública ao produzir mais de 770 toneladas de concentrado de melamina. Geng, por sua parte, foi condenado pelos delitos de produzir e comerciar alimentos tóxicos ao vender mais de 900 toneladas de leite contaminado para a empresa Sanlu. A marca, líder do mercado chinês e que acabou falindo, foi o centro do escândalo do leite adulterado com melamina. As sentenças também foram aprovadas pela Corte Suprema chinesa.

 

A ex-presidente da Sanlu, Tian Wenhua, de 66 anos, reconheceu durante a audiência que sabia desde maio de 2008 que sua empresa vendia leite adulterado, em um escândalo que não se tornou público até depois dos Jogos Olímpicos de Pequim em agosto do mesmo ano.

 

A melamina, um químico usado na fabricação de plásticos que engana detectores de proteínas nas análises alimentícias, causou diferentes complicações e cálculos renais a cerca de 300 mil crianças no país, segundo dados oficiais. A melanina, que pode causar cálculos renais, é usada na fabricação de plásticos, fertilizantes e até mesmo concreto.

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