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China proíbe importações de marfim como troféu de caça

Medida do governo tenta acabar com mercado ilegal de importação de presas de elefante, que colocam a espécie em risco de extinção

Atualização:

PEQUIM - O governo da China proibiu durante um ano as importações de marfim adquirido como troféu de caça, sua última medida na luta contra o comércio ilegal de presas de elefante no país, que está levando à espécie ao risco de extinção.

De acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 15, a Administração Estatal Florestal da China deixará de aprovar essas importações a partir de hoje, até 15 de outubro de 2016.

Guarda observa esculturas emmarfim e presas de elefantes apreendidas em Hong Kong Foto: REUTERS/Tyrone Siu

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Em um ano de duras críticas contra a China, que possui o maior comércio ilegal de presas de elefantes do mundo e cuja demanda está ameaçando a espécie, o governo está demonstrando sua "determinação" para proteger esses animais, destacou um representante da agência estatal.

O anúncio acontece depois que as autoridades impuseram em fevereiro a proibição da importação de marfim esculpido durante um ano, uma medida que se somou ao aumento dos processos contra contrabandistas e às apreensões na fronteira.

Agora, as autoridades estão revisando o impacto da medida tomada no começo do ano com o objetivo de ampliá-la.

O comércio de marfim é legal na China desde que a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) lhe concedeu uma permissão para comprar o material de quatro países da África e vendê-lo dentro de suas fronteiras, sempre seguindo a regulamentação adequada do mercado.

Cada uma das lojas em território chinês (atualmente existem cerca de 200, segundo dados oficiais) deve apresentar um certificado que supostamente permite "rastrear" o produto até sua origem, mas, em várias ocasiões, essas identificações são falsificadas.

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Segundo os ambientalistas, esta situação evidência que o mercado legal na China ajuda a regularizar o marfim obtido ilegalmente. / EFE

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