Coalizão árabe volta a atacar Houthis após declarar fim de ofensiva

Alvos dos rebeldes xiitas em Taiz e Áden foram bombardeados nesta quarta-feira; Houthis libertam reféns, incluindo ministro de Defesa

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TAIZ, IÊMEN - Autoridades de segurança do Iêmen disseram que a coalizão liderada pela Arábia Saudita atacou os rebeldes da milícia xiita Houthi em duas cidades nesta quarta-feira, 22, um dia após ter declarado o fim de sua campanha, que tinha começado há um mês.

Os ataques aéreos atingiram a cidade de Taiz, onde os rebeldes estavam reunidos em quartel militar que haviam tomado perto do antigo aeroporto no sudeste da cidade. Os bombardeios também destruíram posições na cidade portuária de Áden, explodindo áreas dos rebeldes em bairros da periferia.

Xiitas da milícia Houthi protestam na capital do Iêmen, Sanaa, contra os bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita Foto: Hani Mohammed/AP

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Os conflitos terrestres continuam em ambas as cidades, especialmente em Taiz, onde o conflito com rebeldes deixaram dezenas de mortos de ambos os lados.

Após a Arábia Saudita ter anunciado o fim dos ataques, moradores disseram que a madrugada de quarta-feira foi a mais calma em quatro semanas.

Em sua rede de televisão, os Houthis convocaram as pessoas para irem às ruas da capital Sanaa na tarde desta quarta-feira para marcar o fim do bombardeio e para denunciar as agressões da Arábia Saudita.

Reféns. Os Houthis libertaram na noite de quarta-feira o ministro da Defesa do Iêmen, o general Mahmoud al-Subaihi, e outros dois altos comandantes do Exército e de Forças de Segurança leais ao presidente, Abd-Rabbo Mansour Hadi, segundo uma fonte próxima dos rebeldes.

Os dois responsáveis militares são o comandante da Brigada 119 de infantaria, o general Faiçal Rajab, e o responsável de Segurança Política nas províncias meridionais de Áden e Abian, Nasser Mansur Hadi, irmão do presidente Hadi.

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Os três libertados tinham sido sequestrados há quatro semanas. A fonte próxima ao ministro da Defesa afirmou que eles foram libertados em resposta à última resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo meios de comunicação iemenitas, os três responsáveis foram sequestrados pelos rebeldes xiitas nas províncias do sul do país e levados depois a Sanaa, capital do país. / AP e EFE

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