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Colômbia diz que colapso da Venezuela é iminente e pede plano econômico para salvar vizinho

Em Davos, ministro da Fazenda colombiano, Mauricio Cárdenas, afirma que derrocada do governo de Nicolas Maduro será rápida em razão da gravidade da crise e pede criação de plano econômico para ser aplicado 'no dia seguinte (ao declínio)' para resgatar país

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Por Redação
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DAVOS, SUÍÇA - O ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas, afirmou ser iminente o colapso da Venezuela e pediu um plano econômico de emergência para "o dia seguinte" com a participação de instituições bilaterais.

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"A ideia é ter pronto um plano econômico para a Venezuela para ser aplicado no dia seguinte (ao colapso). Não sabemos quando vai chegar este dia seguinte, mas isso vai ser rápido dada a gravidade da crise", disse Cárdenas à margem do Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao se referir à situação econômica do vizinho.

Ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas, acredita na derrocada rápida do governo venezuelano Foto: Gian Ehrenzeller/Keystone via AP

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O ministro colombiano defende a criação de um plano de ação que inclua instituições multilaterais como o Fundo Monterário Internacional (FMI) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

"Teremos que reabastecer rapidamente a Venezuela com produtos farmacêuticos, fornecer insumos e matérias-primas às empresas no país e isso não pode ser improvisado", afirmou.

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De acordo com dados de Bogotá, cerca de 550 mil venezuelanos vivem atualmente no território colombiano, dos quais 90 mil foram vacinados e outros 20 mil foram atendidos em hospitais públicos.

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"Tudo isso é feito com um grande sentimento de solidariedade, mas se a situação crescer vai causar grandes dificuldades fiscais e grandes problemas", advertiu Cárdenas.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, eleito em 2013 depois da morte de Hugo Chávez, enfrenta uma impopularidade recorde em razão da profunda crise econômica vivida pelo país petroleiro, que sofre de hiperinflação e escassez de alimentos e medicamentos.

Na terça-feira, a Assembleia Nacional Constituinte, que comanda a Venezuela com poderes absolutos, adiantou para até 30 de abril a eleição presidencial deste ano em que Maduro tentará se reeleger. / AFP