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Colômbia e Farc iniciam conversas sobre as vítimas do conflito

Guerrilha pede que colombianos 'deixem para trás o ódio' e classifica ponto em discussão como o mais importante para um acordo de paz

Atualização:

HAVANA - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediram nesta terça-feira, 12, para que todos os colombianos "deixem para trás" os sentimentos de ódio e vingança e se coloquem a favor de uma reconciliação, no momento em que começou em Havana, Cuba, a discussão entre a guerrilha e o governo sobre as vítimas do conflito.

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"Estamos abrindo esse debate e esse assunto é muito importante porque vai nos dar as chaves para abrir caminho rumo à reconciliação da família colombiana", afirmou o número dois das Farc e chefe negociador da guerrilha, Ivan Márquez.

Após um recesso de várias semanas, as delegações de paz da guerrilha e do governo colombiano retomaram nesta terça as negociações em Cuba e começarão a abordar o quarto dos cinco pontos da agenda para encerrar o conflito armado, que trata do reconhecimento e reparação das vítimas.

"Estamos abrindo esse debate e esse assunto é muito importante porque vai nos dar as chaves para abrir caminho rumo à reconciliação da família colombiana", declarou Ivan Márquez Foto: Colômbia e Farc iniciam conversas sobre as vítimas do conflito

Ivan Márquez, como é conhecido o guerrilheiro Luciano Marín Arango, advertiu que nessa nova fase do processo de paz todos os colombianos terão que "dispor de espírito para a humildade, para escutar, para o perdão". "É preciso deixar para trás os sentimentos de ódio e vingança se queremos ter a pátria em paz."

Os negociadores do governo de Juan Manuel Santos, liderados pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não deram declarações ao chegar ao Palácio de Convenções de Havana, sede permanente dos diálogos.

O processo de paz colombiano entra no 27.º ciclo de conversas, após ter alcançado acordos parciais prévios em três dos cinco pontos que compõem a agenda de negociação: terras e desenvolvimento rural, participação política e drogas e cultivos ilícitos. / EFE

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