Colômbia vai repatriar guardas venezuelanos presos na fronteira

Quatro membros da Guarda Nacional da Venezuela foram detidos na sexta-feira dentro do território colombiano.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O governo colombiano afirmou que vai repatriar quatro membros da Guarda Nacional da Venezuela, presos na sexta-feira no departamento de Vichada, na fronteira com a Venezuela. Segundo o Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia (DAS), os guardas foram presos pela marinha colombiana quando navegavam por um rio dentro do território colombiano. Dentro da lancha onde os guardas estavam foram encontrados uniforme camuflados das Forças Armadas da Venezuela, informou o DAS. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse que os militares serão devolvidos à Venezuela. "O guardas devem levar a seu país a mensagem de que temos afeto pelo povo irmão da Venezuela. E que este afeto é inquebrável", disse Uribe. Ainda segundo as autoridades colombianas, os guardas serão entregues "como deportados" a oficiais da Guarda Venezuelana no município de Puerto Paez, na fronteira com o país vizinho. Segundo o colaborador da BBC Mundo na Colômbia, Hernando Salazar, com as últimas prisões sobe para cinco o número de integrantes da Guarda Nacional da Venezuela detidos em solo colombiano nas últimas duas semanas. Em um comunicado divulgado à imprensa, o DAS disse que também espera a pronta devolução do detetive colombiano Julio Enrique Tocara, que, segundo o órgão, encontra-se "retido na Venezuela" depois de receber um convite de um funcionário do Serviço Administrativo de Identificação e Imigração de Venezuela para passar dois dias de férias no país. Tensão crescente Este é o incidente diplomático mais recente entre os dois países desde que a Colômbia assinou um acordo com os Estados Unidos que prevê o uso de suas bases por tropas americanas. A tensão entre os dois países aumentou na semana passada, depois que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que seu país deve estar "pronto para a guerra". Em resposta, o governo colombiano levou à ONU e à Organização dos Estados Americanos (OEA) uma nota de protesto contra o que chamou de "ameaças" da Venezuela. Diante da repercussão internacional que teve sua declaração, Chávez disse que não havia feito um chamado à guerra, mas alertado os venezuelanos para que estejam prontos para um conflito. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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