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Condenado leva duas horas para morrer com injeção letal nos EUA

Falha volta a levantar críticas sobre execuções; é o segundo caso em três meses em que a injeção não funciona da maneira esperada

Atualização:

 WASHINGTON - Joseph Wood, um homem que estava no corredor da morte no estado do Arizona, condenado por um duplo assassinato, morreu na quarta-feira, 23, quase duas horas depois de receber a injeção letal, situação que promete reabrir o debate sobre a pena capital nos Estados Unidos. Seus advogados tentaram interromper a execução em um pedido de emergência no qual alegaram que seu cliente tinha agonizado por mais de uma hora.

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"Solicitamos respeitosamente que este tribunal interrompa a execução e peça ao Departamento de Correções que tome providências para salvar vidas em seu protocolo", afirmaram os advogados na solicitação de clemência. "Ele ainda está vivo. Esta execução viola o direito do senhor Wood garantido na Oitava Emenda (da Constituição) de ser executado sem um castigo cruel ou incomum." O procurador-geral do Estado declarou Wood morto antes de o tribunal se pronunciar sobre o pedido.

Em 29 de abril houve outra execução polêmica, de Clayton Lockett em Oklahoma, que se prolongou por 40 minutos após a injeção da combinação letal, provocando o sofrimento do detento, que morreu de ataque cardíaco.

Os problemas surgidos durante a execução de Lockett causaram grande polêmica nacional e levaram o presidente Barack Obama a pedir ao secretário de Justiça, Eric Holder, um "análise" dos métodos com os quais se aplica a sentença.

Os advogados de Wood apresentaram várias apelações nos últimos dias para impedir a execução, todas negadas pela Suprema Corte dos EUA. Uma das apelações sustentava que seu direito à Primeira Emenda da Constituição foi violado quando o estado do Arizona se negou a revelar detalhes da execução, incluído o nome dos provedores da combinação letal.

Wood foi condenado à pena de morte por matar a tiros em 1989 de Debbie Dietz, de 29 anos, e seu pai, Gene Dietz, de 55, em uma oficina de automóveis na cidade de Tucson. / EFE

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