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Copiloto estava doente e deveria estar de licença no dia do acidente

Segundo Promotoria de Dusseldorf, Andreas Lubitz estava sob tratamento psiquiátrico, mas escondeu doença da Germanwings

Atualização:
Andreas Lubitz em meia maratona em Hamburgo (13/9/2009) Foto: Foto-Team-Mueller / Reuters

DUSSELDORF, ALEMANHA - A Promotoria de Dusseldorf informou nesta sexta-feira, 27, que o copiloto Andreas Lubitz, que teria jogado o avião da Germanwaings contra os Alpes franceses, tinha atestados médicos segundo os quais estava sob tratamento psiquiátrico, que foram ocultados da empresa onde trabalhava. Investigadores encontraram atestados que o dispensavam do trabalho, inclusive na terça-feira, 24, quando 150 pessoas a bordo do avião morreram.

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Apesar de não deixar claro de qual doença Lubitz sofria, a mídia alemã citou documentos e fontes que falam em depressão. Segundo o jornal alemão Bild, o copiloto esteve por seis meses sob tratamento psiquiátrico antes mesmo de completar a sua formação.

A edição digital da revista alemã Der Spiegel afirma, por sua vez, que nas operações realizadas na quinta-feira, 26, nas duas casas do copiloto - a de seus pais, em Montabaur, e a própria, em Dusseldorf - foram apreendidos materiais que respaldam a tese dos transtornos psíquicos.

Ao citar fontes de dentro da Lufthansa, empresa à qual pertence a companhia de baixo custo Germanwings, o Bild afirma que as razões pelas quais Lubitz interrompeu sua formação em 2009 seriam uma grave depressão diagnosticada à época. O "grave episódio depressivo" a que se refere o Bild ficou constatado, segundo o jornal, na ata sobre o copiloto do departamento de tráfego aéreo alemão sob o código "SIC", que se refere à necessidade de que sujeito em questão se submeta a "revisões médicas regulares".

Lubitz começou sua aprendizagem aos 14 anos em um clube de aviação local e ingressou na escola de Bremen da Lufthansa em 2007. Em 2009 interrompeu por alguns meses essa formação, que retomou posteriormente até ingressar na Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa, em 2013.

A empresa afirma, no entanto, que, tanto ao ingressar na escola quanto ao retomar e completar sua instrução, Lubitz passou pelos mais rigorosos exames, tanto físicos como mentais. / EFE

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