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Coreia do Norte diz ter prendido cidadão americano por 'atos hostis'

Detido no sábado, Kim Hak-song trabalhava para a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang

Atualização:

PYONGYANG - A imprensa estatal norte-coreana informou neste domingo, 7, que o país deteve um cidadão dos Estados Unidos ligado a uma universidade cristã no país asiático. Kim Hak-song, que teria sido preso por cometer "atos hostis", é o quarto caso conhecido de detenções de cidadãos americanos no país.

De acordo com a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, a KCNA, Kim trabalha para a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, uma instituição fundada em 2010 por James Kim, um empresário cristão de origem coreana e cidadão dos Estados Unidos.

Ao todo, governo de Kim Jong-un já prendeu quatro cidadãos americanos Foto: Korean Central News Agency (KCNA)/ Reuters

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Duas semanas antes, a Coreia do Norte anunciou a detenção de Tony Kim, também americano e professor de Contabilidade na mesma Universidade. Ele estava no aeroporto e se preparava para uma viagem para fora do país.

Além dos dois nomes ligados à Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, a Coreia do Norte anunciou no ano passado a condenação de dois cidadãos americanos. Otto Warmbier, um estudante da Universidade de Virginia acusado de tentar roubar um cartaz político de um hotel, foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados. O empresário naturalizado americano Kim Dong-chul recebeu pena de 10 anos de trabalhos forçados.

Embora não seja oficialmente cristã, a Universidade contrata em grande maioria professores cristãos e afirma em seu site que as igrejas a apoiam por meio de "orações e de notícias sobre seu projeto entre a congregação de membros".

Preso em 2016, o empresário naturalizado norte-americano Kim Dong-chul recebeu pena de 10 anos de trabalhos forçados Foto: Korean Central News Agency (KCNA)/ Reuters

A Coreia do Norte já prendeu vários cidadãos dos Estados Unidos que faziam trabalhos relacionados ao cristianismo no país. O missionário Kenneth Bae foi condenado a 12 anos de trabalho forçado por cometer "atos hostis" e foi libertado depois de dois anos em novembro de 2014. No mesmo ano, o americano Jeffery Fowle ficou preso por seis meses depois de ter deixado uma Bíblia dentro do banheiro de uma boate.

Procurados, porta-vozes da Universidade e da embaixada dos Estados Unidos em Seul não responderam imediatamente à reportagem. / AP

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