Coreia do Norte liberta pastor canadense por razões médicas

Hyeon Soo Lim, de 61 anos, foi solto durante visita de delegação oficial do Canadá a Pyongyang; ele havia sido condenado a prisão perpétua por subversão depois de ser preso em 2015

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Por Redação
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PYONGYANG - A Coreia do Norte libertou por razões médicas, nesta quarta-feira, 9, um pastor canadense que cumpria uma condenação perpétua a trabalhos forçados por subversão, anunciou a agência oficial de notícias KCNA.

Hyeon Soo Lim, de 61 anos, foi solto "por razões médicas", informou a agência, por ocasião da visita de uma delegação oficial do Canadá a Pyongyang. O pastor foi detido em 2015, acusado de atos subversivos contra o governo norte-coreano. As autoridades canadenses sempre negaram as acusações.

Hyeon Soo Lim é conduzido até a Suprema Corte norte-coreana em 2015 depois de ser preso pelas autoridades do país sob acusação de 'atos subversivos' Foto: AFP PHOTO / KCNA VIA KNS

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Pyongyang afirma que Lim admitiu todas as acusações contra ele, incluindo a de ter "difamado de maneira abominável" o sistema e o líder norte-coreano. Nunca se divulgou, porém, quais teriam sido suas críticas.

Ao ser detido, Hyeon Soo Lim era considerado um dos missionários cristãos mais influentes na Coreia do Norte, país no qual esteve diversas vezes para trabalhar em orfanatos e hospitais.

Alguns dos projetos dos quais participava tinham vínculos com sócios de Jang Song-Thaek, tio do líder norte-coreano Kim Jong-un que foi detido e executado por traição em dezembro de 2013.

Entrevistado no ano passado em Pyongyang pela emissora de televisão americana CNN, o pastor contou que seu trabalho como detento consistia em cavar buracos para plantar macieiras no jardim da prisão. "Não sou um operário e, no início, o trabalho foi duro", desabafou.

A família do pastor Hyeon Soo Lim vinha manifestando preocupação com seu estado de saúde, especialmente após a morte, em junho, do estudante americano Otto Wrambier. O jovem faleceu poucos dias após ter sido libertado de um presídio norte-coreano.

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Três americanos ainda estão presos na Coreia do Norte, no momento em que as relações entre Pyongyang e Washington sofrem uma escalada de declarações de ambos os lados. / AFP e EFE

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