Coreia do Norte pede libertação de três detidos por morte de Kim Jong-nam

Embaixada rejeita teoria da polícia da Malásia de que as mulheres envolvidas seguravam frascos de veneno nas mãos e jogaram a substância contra o rosto do irmão de Kim Jong-un

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KUALA LUMPUR - A embaixada da Coreia do Norte na Malásia disse nesta quarta-feira, 22, que os três suspeitos detidos por ligação com o assassinato de Kim Jong-nam, meio irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, devem ser imediatamente soltos. Uma mulher vietnamita, uma indonésia e um homem norte-coreano foram "presos sem razão", disse a embaixada em comunicado divulgado à imprensa.

A declaração divulgada pela embaixada rejeitou a principal linha de investigação da polícia da Malásia. Os oficiais malaios acreditam que as mulheres presas seguravam frascos de veneno nas mãos e jogaram a substância contra o rosto de Kim Jong-nam no saguão do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur.

Kim Jong-nam vivia no exílio desde que foi preterido no comando do país Foto: Shizuo Kambayashi/AP

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"Se o veneno estivesse nas mãos das mulheres, como é possível então que elas ainda pudessem estar vivas?", questiona o texto da embaixada.

As mulheres presas são a vietnamita Doan Thi Huong, de 29 anos, detida no mesmo aeroporto onde Kim Jong-nam morreu depois de ser envenenado, e a indonésia Siti Aishah, de 25 anos.

Nascido em 1971, Kim Jong-nam era o filho primogênito do falecido ditador norte-coreano Kim Jong-il. Conhecido por se pronunciar publicamente contra o controle dinástico de sua família sobre o governo do país, ele vivia na China. Em 2001, foi preso quando chegou ao Japão com um passaporte falso numa suposta tentativa de visitar a Disney de Tóquio.

Um ex-agente de inteligência americano que monitorou por anos as atividades de Kim Jong-nam avaliou que ele era um potencial alvo do governo de seu país após o meio-irmão ter assumido o poder em 2011 e conseguido se consolidar como novo líder supremo. / ASSOCIATED PRESS, EFE e REUTERS

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