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Corpos de vítimas do voo MH17 podem levar 'meses' para voltar à Malásia

O país, majoritariamente muçulmano, tentou reaver os corpos até 28 de julho, antes da celebração que marca o fim do Ramadã

Atualização:
"Não pudemos evitar um processo muito doloroso. Isso inclui tanto as exigências técnicas como legais", o primerio-ministro da Malásia, Najib Razak Foto: Olivia Harris/Reuters

O primerio-ministro da Malásia, Najib Razak, disse nesta quinta-feira que pode levar "semanas ou meses" antes que os corpos das vítimas malaias do voo da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia sejam repatriados.

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A Malásia, país majoritariamente muçulmano, tentou inicialmente reaver os corpos até 28 de julho, antes do Hari Raya, também conhecido como Eid al-Fitr, a celebração que marca o fim do mês de jejum conhecido como Ramadã.

Quarenta e três malaios morreram a bordo do voo MH17 que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, incluindo 15 tripulantes. O maior número de mortos foi de holandeses, que somavam 198 pessoas entre as 298 a bordo.

"Não pudemos evitar um processo muito doloroso. Isso inclui tanto as exigências técnicas como legais", disse Najib a jornalistas após assinar um livro de condolências na embaixada holandesa.

"Por isso, é muito improvável que os corpos possam voltar a tempo do Hari Raya", acrescentou.

Dois aviões com os corpos de alguns passageiros a bordo chegaram à Holanda na quarta-feira, onde especialistas vão trabalhar para identificá-los com testes baseados em amostras de DNA de parentes. O processo pode levar meses.

Os corpos das vítimas serão encaminhados nos próximos dias a uma base militar na cidade holandesa de Hilversum.

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(Reportagem de Natalie Thomas; Texto de Al-Zaquan Amer Hamzah e Trinna Leong)

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