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Crise no Peru ameaça realização de Cúpula das Américas

Maduro, que foi barrado do encontro, usou o Twitter para provocar o ex-presidente peruano

Atualização:

LIMA - A renúncia do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, colocou em dúvida a realização da Cúpula das Américas, encontro com chefes de Estado que ganhou peso diplomático pela presença do americano Donald Trump e pela retirada do convite ao venezuelano Nicolás Maduro.

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Queda de presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, ameaça Cúpula das Américas Foto: Guadalupe Pardo/Reuters

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Na Argentina, a ida de Mauricio Macri ao encontro, marcado para os dias 13 e 14, em Lima, era considerada improvável. “Se as coisas continuarem assim, não posso ir”, teria dito o presidente argentino a seu chefe de gabinete, segundo uma fonte da Casa Rosada citada pelo jornal La Nación, antes mesmo da renúncia. Macri falou por telefone com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também não viajaria para a reunião na capital peruana. 

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Enquanto a maioria dos líderes latino-americanos expressava preocupação com a crise peruana, Maduro usou o Twitter para provocar PPK, desafeto que havia retirado o convite para que o venezuelano comparecesse à cúpula. Nesta quarta-feira, dia 21, o chavista postou fotos de Kuczynski ao lado de opositores venezuelanos, incluindo o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma. “Você não pode testar o destino e brincar com as forças do inferno”, escreveu Maduro. 

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Desde que assumiu o país, PPK se transformou em um dos maiores antichavistas da região. O principal ponto da agenda da Cúpula das Américas era justamente discutir a crise na Venezuela. Por isso, quem também não poupou ironias foi o deputado Diosdado Cabello, número 2 do chavismo. “Se Pedro Pablo Kuczynski decidiu renunciar, diante de sua incapacidade moral, eu me pergunto: quem vai abanar a cauda para o chefe do imperialismo em Lima? Que pena desse senhor”, escreveu Cabello. / AP e REUTERS

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