Cristina Kirchner é convocada a depor em caso sobre lavagem de dinheiro

Presidente será ouvida em investigação que apura supostos casos de lavagem de dinheiro e subornos usando a empresa Los Sauces, formada em 2006 pela ex-presidente, seu falecido marido, Néstor, e o filho do casal, Máximo

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BUENOS AIRES - Um juiz convocou nesta sexta-feira, 3, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner para depor em um caso que investiga a empresa familiar Los Sauces por lavagem de dinheiro e subornos, informaram fontes oficiais.

O juiz federal Claudio Bonadio, que marcou o depoimento de Cristina para o próximo dia 7 de março, também convocou os filhos da ex-presidente, Máximo e Florença, e os empresários ligados ao kirchnerismo Cristóbal López e Lázaro Báez, que está preso desde abril de 2016 em razão da investigação de outro caso sobre lavagem de dinheiro.

Cristina Kirchner concorre a uma vaga no Senado pela Província de Buenos Aires Foto: EFE/Alberto Ortiz

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O escândalo conhecido como "Los Sauces" surgiu no ano passado, após uma denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer contra a ex-presidente e seus filhos. A parlamentar os acusou de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos relacionados com negócios irregulares. Posteriormente, os promotores ampliaram as acusações e também incluíram o pagamento de propina.

A empresa Los Sauces foi formada em 2006 por Cristina e seu falecido marido, o também ex-presidente Néstor Kirchner, e Máximo. O juiz responsável pelo caso determinou uma intervenção na companhia no último dia 15 de dezembro, afastando Máximo do comando.

Bonadio já tinha ordenado o bloqueio de todas as propriedades da empresa e operações de busca e apreensão em vários imóveis. Recentemente, ele enviou à Justiça dos Estados Unidos um pedido de informações sobre uma conta que pertenceu a Cristina.

Stolbizer considera que a empresa, dedicada ao aluguel de imóveis, foi usada para receber transferências milionárias de Báez e López, mediante os arrendamentos das propriedades.

Cristina, que deixou a presidência em dezembro de 2015, reiterou várias vezes que se sente vítima de uma perseguição política, midiática e judicial devido aos vários casos abertos contra ela.

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Até o momento, a ex-presidente é investigada em dois casos: um que investiga operações do Banco Central realizadas sob sua gestão e outra por formação de quadrilha e administração fraudulenta na concessão de obras públicas. / EFE

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