Cruz Vermelha aprova agenda quadrienal ambiciosa

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Por STE
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A Cruz Vermelha e autoridades do mundo todo estabeleceram na sexta-feira uma agenda assistencial ambiciosa para os próximos quatro anos, focada no impacto humanitário dos temas mais discutidos da atualidade, das mudanças no clima à migração. As cerca de 1.500 autoridades prometeram, no encerramento de uma conferência de uma semana, aumentar os esforços no combate à violência e a doenças emergentes e recorrentes. "Uma nova agenda humanitária foi aprovada, mas nosso trabalho apenas começou. Cabe a nós, todos nós, passar das palavras à ação", disse Mandisa Kalako-Williams, chefe da Cruz Vermelha da África do Sul, e que comandou as negociações. Sob o tema "Juntos pela Humanidade", a Conferência Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho reuniu 186 sociedades nacionais e 194 países. O evento acontece a cada quatro anos para definir a estratégia do movimento, que possui um exército de 100 milhões de voluntários no mundo inteiro, preparados para agir no caso de desastres locais. As autoridades também aprovaram resoluções reiterando a Convenção de Genebra e pedindo a israelenses e palestinos que implementem o acordo de 2005 para que as ambulâncias do Crescente Vermelho possam se movimentar livremente em território palestino. Foi aprovada por unanimidade uma declaração prometendo ajudar os povos mais vulneráveis às mudanças no clima. As medidas de preparação para desastres e de redução de riscos serão reforçadas. Os Estados Unidos, que inicialmente haviam reclamado que o texto dava muita ênfase ao problema do clima, aderiram ao consenso. Markku Niskala, secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, disse que a maior rede de socorro do mundo está disposta a trabalhar junto com governos para amenizar os efeitos das mudanças no clima. "Pela nossa experiência, o investimento na preparação para desastres e na adaptação à mudança climática não tem sido suficiente até agora", afirmou Niskala. A Cruz Vermelha e as autoridades também se comprometeram a ajudar as pessoas vulnerabilizadas pela migração, pelo tráfico humano e pela exploração, "seja qual for sua situação legal".

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