Cúpula da UE se reúne para aprovar diretrizes nas negociações do 'Brexit'

Os pontos principais da reunião passam pelos direitos dos cidadãos, tanto os europeus que vivem no Reino Unido como os britânicos que vivem nos outros 27 países do bloco

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BRUXELAS - A União Europeia começou neste sábado, 28, sua reunião extraordinária sobre a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa para a saída do Reino Unido do bloco, na qual os líderes dos 27 países restantes planejam aprovar as bases para as negociações do "Brexit".

A chanceler alemã, Ângela Merkel, fala com jornalistas ao chegar para o evento em Bruxelas, na Bélgica Foto: EFE/EPA/JULIEN WARNAND

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Os pontos principais da reunião passam pelos direitos dos cidadãos, tanto os europeus que vivem no Reino Unido como os britânicos que vivem nos outros 27 países do bloco, bem como o acordo financeiro da saída do Reino Unido e a fronteira com a Irlanda do Norte.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, destacou em sua chegada para a cúpula a unidade dos 27 países diante das negociações.

Além disso, Tusk anunciou que a Comissão Europeia preparou "uma lista precisa e detalhada dos direitos dos cidadãos" que os 27 querem proteger na negociação do "Brexit".

O chefe negociador da Comissão Europeia, Michel Barnier, reiterou por sua vez que tanto ele como sua equipe estão "preparados" para as negociações, cujo mandato será apresentado formalmente pelo Executivo comunitário em 3 de maio, lembrou o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker.

Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, fez questão de destacar a linha vermelha nas negociações que representam os 3 milhões de cidadãos europeus que vivem no Reino Unido.

Mais duro foi o presidente da França, Francois Hollande, que disse que o "Brexit" terá "um preço" para o Reino Unido, que passará a ter uma condição "pior" do que agora, e assegurou que os 27 "defenderão seus interesses" nas negociações.

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O premiê italiano Paolo Gentiloni, por sua vez, se mostrou cauteloso em relação às negociações e disse que o processo "não será fácil" e que é preciso "ter uma atitude que não seja de hostilidade". / EFE