Dados de 198 milhões de eleitores americanos são expostos na internet

Um servidor do Partido Republicano e da campanha de Donald Trump expuseram dados, revelou empresa de cibersegurança

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Atualização:

WASHINGTON - Dados pessoais detalhados de 198 milhões de eleitores americanos foram expostos na internet por um servidor do Partido Republicano e da campanha de Donald Trump, revelou nesta segunda-feira, 19, uma companhia de cibersegurança, embora não tenha informado sobre ato de pirataria.

Apesar das empresas terem alterado políticas de segurança para os avanços da computação, as falhas ainda podem estar na origem Foto: Reuters

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A empresa UpGuard informou que um de seus analistas descobriu em um servidor não protegido os dados que incluíam a data de nascimento, o domicílio, o número de telefone e informações como a provável etnia e a orientação política.

A firma prestadora de serviço, Deep Root Analytics, reconheceu que as informações ficaram livremente acessíveis durante um tempo, mas afirmou que não foram vistas por ninguém além do analista da UpGuard.

A falta de segurança foi logo reparada, indicou um comunicado.

"Assumimos nossa responsabilidade, continuamos com nossa investigação e, segundo a nossa informação, não acreditamos que nosso sistema tenha sido pirateado", declarou Deep Root Analytics.

Esse tipo de mega-arquivo é, segundo a UpGuard, muito valorizado pelos partidos políticos americanos. 

Os partidos Democrata e Republicano trabalham com companhias especializadas que recolhem dados públicos, como domicílios e participação nas eleições, e os relacionam a dados privados, recolhidos por seus próprios meios ou pela compra de bases de dados.

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Assim, eles conseguem ter um retrato político de praticamente todos os eleitores do país, a fim de ter uma imagem mais precisa sobre eles. / AFP 

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