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Defesa de ex-presidente peruano apresenta queixa contra pedido de prisão

Político é suspeito de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht e está foragido desde o início do mês

Atualização:

LIMA - O advogado do ex-presidente peruano Alejandro Toledo, Heriberto Benítez, apresentou nesta terça-feira, 21, um recurso de queixa contra a ordem judicial que pediu a detenção preventiva por 18 meses do ex-governante, denunciado por receber propinas milionárias da empresa brasileira Odebrecht.

O recurso de queixa de direito foi apresentado contra a resolução do juiz Richard Concepción Carhuancho, que declarou inadmissível a apelação aos 18 meses de prisão preventiva impostos a Toledo, segundo informou o Poder Judicial. Desta forma, o documento será remitido à Primeira Sala Penal de Apelações para sua qualificação.

Alejandro Toledo é acusado de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht Foto: Karel Navarro/AP Photo

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O advogado apela ao artigo 139 da Constituição do Peru, que diz que ninguém pode ser penalizado sem processo judicial nem tampouco condenado em ausência. 

Toledo, que se presume estar nos Estados Unidos, onde vive e trabalha atualmente, foi denunciado pela procuradoria anticorrupção por supostamente ter recebido US$ 20 milhões em propina da Odebrecht, após confissão do ex-diretor da companhia no Peru Jorge Barata.

A Justiça dos Estados Unidos pediu informações adicionais à sua homóloga peruana para proceder com a captura de Toledo.

O ex-presidente, que governou entre 2001 e 2006, enfrentará no Peru um processo pelos supostos delitos de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A procuradoria pediu ainda que ele pague, junto a outros processados, multa de US$ 61 milhões por reparação civil.

Em dezembro, a Odebrecht admitiu ao Departamento de Justiça americano ter pago US$ 29 milhões em propinas a políticos e funcionários públicos do Peru entre 2005 e 2014, com o objetivo de comandar obras de infraestrutura. / EFE

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