LIMA - Os ex-membros da bancada do partido governista Peruanos pela Mudança, Gino Costa, Alberto de Belaunde e Vicente Zeballos, anunciaram na madrugada desta quarta-feira, 21, que votarão a favor do impeachment do presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK) caso ele não renuncie antes da sessão no Congresso marcada para a quinta-feira para analisar seus supostos vínculos com a construtora Odebrecht.
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Os três se reuniram horas antes para analisar a situação política de PPK depois de o partido oposicionista Força Popular, dirigido por Keiko Fujimori, divulgar um vídeo em que o irmão dela, Kenji, aparece oferecendo obras para um deputado da oposição em troca de votos para salvar o presidente da destituição.
"Diante dos grave fatos que tomamos conhecimento hoje (terça-feira), nos vemos obrigados a mudar nossa posição institucionalista contra a vacância (da presidência). O presidente PPK deve renunciar e dar um passo para a sucessão constitucional", escreveram os três em suas contas no Twitter.
Até a divulgação dos vídeos, a posição dos três parlamentares era de não apoiar a votação pela vacância da presidência de PPK em defesa da institucionalidade no país.
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Além deles, nesta quinta-feira o secretário-geral do partido de PPK, Salvador Heresi, também anunciou que votará contra o presidente se ele não deixar o cargo.
"O que vimos nos vídeos divulgados ontem é vergonhoso e afeta gravemente nossa democracia", escreveu Heresi no Twitter. "Diante disto, apelo para a dignidade do presidente da República e lhe peço que renuncie pensando primeiro no Peru. Se não o fizer, anuncio que votarei a favor da vacância."
O Congresso do Peru se reunirá na quinta-feira para ouvir a defesa de Kuczynski sobre seus supostos vínculos com a construtora Odebrecht, para depois debater e votar a segunda moção de vacância que pode tirá-lo da presidência de forma permanente por incapacidade moral.