Diálogo na Venezuela será ‘reativado’ no dia 13 de janeiro
Enviado do Vaticano para acompanhar conversas políticas no país disse que etapa atual do processo visa permitir a ‘consolidação e sustentabilidade’ dos diálogos
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Por Redação
Atualização:
CARACAS - O enviado do Vaticano para acompanhar o diálogo político na Venezuela, monsenhor Claudio María Celli, disse na terça-feira que o processo será "reativado" no dia 13 de janeiro, já que a partir de agora terá início uma etapa de revisão que permita a "consolidação e sustentabilidade" dessas conversas.
"Pedimos às autoridades que não aprovem ou abstenham-se de emitir decisões que dificultem o relacionamento entre eles e o processo de diálogo até o dia 13 de janeiro de 2017", afirmou Celli. "Esse prazo, tal como acordado, será utilizado para trabalhar de maneira imediata nas mesas temáticas do diálogo nacional", explicou ele aos jornalistas no hotel de Caracas, onde governo e oposição mantiveram contatos separados com os mediadores.
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Celli afirmou que no âmbito do processo de diálogo "foi colocada a necessidade de estabelecer um mecanismo de verificação" dos acordos. "Notamos que, embora existam resultados positivos óbvios, ainda existem temas da agenda que estão pendentes, como foi expresso pelos representantes dos partidos."
Ele acrescentou que é preciso iniciar uma etapa que leve "em direção à reativação, consolidação e sustentabilidade do diálogo nacional", e foi apresentado às partes "uma proposta de trabalho", mas não deu mais detalhes a respeito.
Enquanto isso, o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse que as "preocupações" que existem em cada uma das partes envolvidas no diálogo foram recolhidas.
Marcha na Venezuela pede saída de Maduro do poder
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Protesto contra Maduro na Venezuela
Partidários da oposição lotam as ruas de Caracas contra o presidente Nicolás Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
Mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori participa do protesto Foto: Ronaldo SCHEMIDT / AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Principal avenida de Caracas, a Autopista Francisco Fajado foi tomada por manifestantes contrários ao governo de Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
Os manifestantes criticam a suspensão do referendo revogatório do mandato de Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Protesto contra Maduro na Venezuela
A oposição espera reunir centenas de milhares de pessoas no protesto Foto: AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Tatuado com o rosto de Hugo Chávez, manifestante vestido com as cores da oposição pede a saída de Maduro Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestante diz que governo Maduro é uma ditadura e pede sua saída Foto: AFP
Protesto contra Maduro na Venezuela
Opositor pede ajuda do governo dos Estados Unidos contra Maduro Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestação ocorre em meio a pedido do Vaticano para que as duas partes dialoguem Foto: AP Photo/Ariana Cubillos
Protesto contra Maduro na Venezuela
Manifestante exibe caricatura de Maduro e da reitora do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, responsável pela anulação do referendo Foto: AFP
Proteesto contra Maduro na Venezuela
Maduro tem menos de 20% de aprovação no país Foto: REUTERS/Christian Veron
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Após suspensão do referendo, oposição acusa Maduro de violar a Constituição e implementar ditadura no país Foto: REUTERS/Marco Bello
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup participou da marcha Foto: REUTERS/Christian Veron
Manifestantes protestam contra Maduro na Venezuela
Ex-candidato à presidência, Henrique Capriles também esteve no protesto Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Protesto na Venezuela
Manifestantes tomam avenida de Caracas em protesto contra Maduro Foto: REUTERS/Christian Veron
Ele afirmou também que a Unasul e o Vaticano, como acompanhantes do processo, solicitaram aos atores políticos de cada um dos lados "que seria muito conveniente, em benefício do diálogo, que se estabelecesse um cessar-fogo midiático".
Samper destacou que continuará trabalhando nas "próximas semanas" para começar o ano de 2017 com "resultados suficientes para realizar uma nova plenária por meio da qual serão validados esses compromissos". / EFE