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Dilma critica ação militar americana contra o EI na Síria

Presidente diz que Brasil acredita que a melhor forma de resolver conflitos é por meio de 'diálogo, acordo e intermediação da ONU'

Por Rafael Moraes Moura , e Altamiro Silva Junior e correspondente
Atualização:
Dilma ressaltou que todos os grandes conflitos que se armaram nos últimos tempos tiveram como consequência "perdas de vidas humanas dos dois lados" Foto: DON EMMERT/AFP

NOVA YORK - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, criticou nesta terça-feira, 23, a ofensiva militar dos Estados Unidos na Síria, que atacou pontos do Estado Islâmico com apoio de uma coalização de países árabes.

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"Lamento enormemente isso. Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados e não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões", declarou a presidente após participar da Cúpula do Clima. "O Brasil sempre acreditará que a melhor forma (de resolução dos conflitos) é o diálogo, é o acordo, é a intermediação da ONU."

Dilma ressaltou aos jornalistas que todos os grandes conflitos que se armaram nos últimos tempos tiveram como consequência "perdas de vidas humanas dos dois lados". "Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, depois causam enormes prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, tá lá provadinho, na Líbia. Acredito a mesma coisa na Faixa de Gaza", comentou a presidente. "O Brasil acha que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem que ter maior representatividade pra impedir essa paralisia diante do aumento dos conflitos nas regiões do mundo", afirmou.

A presidente ressaltou que falará mais sobre o tema em seu discurso de abertura da 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que começa nesta quarta-feira, a partir das 10 horas (pelo horário de Brasília). O presidente dos EUA, Barack Obama, também discursa quarta-feira na plenária.

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