Dilma reitera que Brasil é contra intervenção na Síria

Presidente defende mais diplomacia e menos força militar para solucionar conflitos no país

PUBLICIDADE

Por Tania Monteiro e PRETÓRIA
Atualização:

PRETÓRIA - O Brasil continua não aceitando uma intervenção externa na Síria, nos moldes da que foi feita na Líbia, mesmo sob coordenação da ONU. Ontem, em Pretória, no discurso da cúpula do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), a presidente Dilma Rousseff deixou clara a posição brasileira: mais diplomacia e menos força militar.

 

"Na Síria, defendemos o fim imediato da pressão e encorajamos o diálogo nacional para lograr uma saída não violenta (para o conflito)", pregou a presidente. Ela usou o caso líbio como parâmetro para defender a não intervenção na Síria, que está à beira de uma guerra civil."Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas, especialmente as realizadas à margem do direito internacional, não trazem a paz nem protegem os direitos humanos. Agravam conflitos, ao invés de resolvê-los", disse.Dilma disse ainda que os três países do grupo, que ocupam assentos no Conselho de Segurança da ONU, "sem sombra de dúvida contribuíram para o encaminhamento de questões nevrálgicas relativas aos direitos humanos, à paz e à segurança internacional". Dilma classificou ainda como "significativa" a missão realizada pelos três países na Síria, em agosto do ano passado. Para a presidente, "sem sombra de dúvida, o ano de 2011 é o ano da primavera árabe".Ela lembrou que o Brasil ficou ao lado dos povos árabes e das suas aspirações "por formas democráticas de governo, progresso econômico, emprego e liberdade de expressão".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.