Diplomata pede a Maduro observação nas eleições venezuelanas

Ex-subsecretário de Estado dos EUA, Arturo Valenzuela diz que processo de dezembro precisa ser monitorado

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Por Renata Tranches
Atualização:

Só o monitoramento independente das eleições parlamentares marcadas para o dia 6 de dezembro na Venezuela dará garantias de um processo transparente e legítimo. Essa é a avaliação do ex-subsecretário para Assuntos Hemisféricos do Departamento de Estado do governo americano Arturo Valenzuela. 

O governo de Nicolás Maduro não permite a entrada oficial de comissões de observadores internacionais nos processos eleitorais venezuelanos. A oposição ao chavismo tem convidado observadores independentes para acompanhar os processos, mas a observação não tem caráter formal.

Arturo Valenzuela pede a Caracas que aceite observadores eleitorais Foto: JF Diório / Estadão

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Em entrevista ao Estado, Valenzuela disse que as declarações de Maduro acusando os EUA de um plano para desestabilizar governos socialistas na região são completamente infundadas e o país é o próprio responsável pela situação de instabilidade que vive, com suas crises política e econômica.

Na sua opinião, eleições sem margem para questionamento seriam a solução para a crise e daria estabilidade aos parlamentares que formarão a nova Assembleia Nacional. Um cenário que, na sua avaliação, poderia abrir caminho para uma nova tentativa de reaproximação entre EUA e Venezuela. “Não convém nem ao governo, nem à oposição, tampouco ao país que as eleições sejam questionadas.” 

O diplomata chileno participou nesta quinta-feira, 20, do seminário “As Relações entre EUA e Brasil no Novo Tabuleiro da América Latina”, realizado no Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. 

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