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Discurso de Michelle Obama muda clima na convenção democrata

No fim da noite, primeira-dama dos EUA faz defesa contundente de Hillary Clinton em encontro realizado na Filadélfia

Por Cláudia Trevisan
Atualização:

Após um início turbulento, com vaias à candidata do partido Hillary Clinton, o clima na convenção democrata começou a mudar no fim da noite de segunda-feira, 25, com um discurso contundente da primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, em favor da candidatura de Hillary. De acordo com ela, os americanos elegerão em novembro alguém que será um modelo para as crianças americanas pelos próximos quatro ou oito anos e só a candidata democrata pode desempenhar esse papel nas eleições de 2016.

Em um recado para os seguidores de Sanders, a primeira-dama lembrou a disputa pela candidatura de 2008, na qual seu marido, Barack Obama, derrotou Hillary. “Quando perdeu a nomeação há oito anos, ela não ficou com raiva ou desiludida”, afirmou Michelle, dizendo que os democratas não poderão deixar de votar. 

Primeira-dama participou do primeiro dia de convenção e apoiou Hillary Clinton Foto: Matt Rourke/AP

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A primeira-dama dos EUA também fez referência à sua própria experiência para exaltar as transformações da sociedade americana. “Eu acordo todos os dias em uma casa que foi construída por escravos”, afirmou. “Nunca deixe ninguém falar para vocês que esse país não é grande e que, de alguma forma, temos que torná-lo grande novamente. Este é o maior país da Terra”, declarou Michelle, que não mencionou o nome de Donald Trump durante seu discurso. 

Mais cedo, a convenção foi aberta com uma oração em defesa da unidade, mas a menção ao nome de Hillary Clinton pela pastora Cynthia Hale foi suficiente para parte do público começar a vaiar e iniciar o coro “Bernie, Bernie”, em defesa da candidatura do senador derrotado nas primárias partidárias pela ex-secretária de Estado. 

Os representantes dos 13 milhões de eleitores que votaram em Bernie Sanders nas primárias chegaram à convenção dispostos a marcar sua posição em defesa da “revolução” que o senador diz ter iniciado. Sanders mobilizou seguidores com sua crítica à influência do poder financeiro nas eleições e a defesa de medidas de caráter social-democrata, entre as quais a gratuidade do ensino superior e sistema de saúde público gratuito e universal. 

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