1.Qual sua opinião sobre o discurso de Michel Temer? Seguiu um padrão dos discursos anteriores do Brasil. Mas se compararmos o dele com os de (ex-presidentes) Dilma e Lula, foi completamente diferente. Lula e Dilma faziam um relatório sobre a situação interna do Brasil. Todo o discurso foi concentrado na agenda internacional, comercial, na reforma da ONU, nas crises do Oriente Médio.
2.Seria um retorno aos discursos tradicionais? Ele enfatizou muito a questão dos refugiados, o papel que o Brasil tem, que não é só da Europa. O Brasil tem esse problema também com a Venezuela. Ele dedicou corretamente pouco espaço para a questão econômica aqui.
3.Ele provocou o presidente americano ao falar sobre o Acordo de Paris e o de armas? Isso é uma visão jornalística. Ele reafirmou as posições do Brasil. Não são só os EUA que têm essa posição, há outros países que não se posicionam como o Brasil. Foi importante ele reafirmar a posição quanto à reforma da ONU, do Conselho de Segurança. Ele não estava dando recado para ninguém, mas mostrando a nova política externa, diferente da anterior.