Disparo israelense fere menina palestina em escola da ONU

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma estudante palestina de 11 anos ficou criticamente ferida hoje ao ser atingida no estômago pelo disparo de um soldado israelense enquanto estava sentada em sua sala numa escola das Nações Unidas num campo de refugiados na Faixa de Gaza, disseram funcionários da ONU. O incidente tende a aumentar a tensão entre o Estado judeu e a Agência de Ajuda e Trabalho das Nações Unidas, que administra a escola. No mês passado, uma menina de 10 anos foi morta por disparos israelenses enquanto estava sentada na mesma escola. Tropas israelenses promovem uma grande ofensiva em Gaza desde 29 de setembro. A agência da ONU tem acusado forças de Israel de atirarem indiscriminadamente em áreas superpovoadas. Israel alega que militantes usam as áreas como cobertura, e são eles que deveriam ser criticados. No incidente de hoje, a agência da ONU afirmou que tropas fizeram dois disparos de um assentamento judaico próximo, Gush Katif. Um dos disparos atingiu Ghadeer Imkhmar na escola do ensino básico em Khan Younis. A menina foi submetida a cirurgia e estava em condições críticas, mas estáveis. O Exército de Israel afirmou que os disparos foram efetuados depois de um ataque palestino com morteiro, e que estava investigando o incidente. As relações entre o Estado judeu e a ONU são tensas há anos, com Israel repetidamente acusando o órgão mundial de ser tendencioso contra o país. Também hoje na Cidade de Gaza, um carro-bomba explodiu na passagem do comboio do chefe de segurança palestino Moussa Arafat, parente do líder Yasser Arafat. Moussa escapou ileso. Israel negou envolvimento no ataque. Acredita-se que Moussa tenha sido alvo de oponentes locais. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, avaliava hoje ampliar sua coalizão governamental com o moderado Partido Trabalhista e o ortodoxo Shas, numa tentativa de aprovar no Parlamento sua planejada retirada total da Faixa de Gaza, uma vez que tem tido dificuldades em garantir o respaldo dentro de seu próprio Partido Likud.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.