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Dissidência das FARC é ‘braço armado’ de cartel mexicano, diz procurador-geral colombiano

Néstor Humberto Martínzes afirmou que grupo acusado de sequestrar e matar equipe de jornalistas equatorianos está envolvido com Cartel de Sinaloa, elevando a situação para um problema ‘geopolítico’

Atualização:

BOGOTÁ – O procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o grupo de dissidentes das FARC liderado por Walter Patricio Arizala, o “Guacho”, responsável pelo sequestro e morte de jornalistas equatorianos, é o “braço armado” do Cartel de Sinaloa, que atua no México.

“’Guacho’ e todos seus dissidentes constituem, segundo informações que obtivemos no Gabinete da Procuradoria-Geral, o braço armado do Cartel de Sinaloa”, afirmou Martínez. A situação, segundo ele, pode se tornar um problema “geopolítico”.

Equadorlançou uma operação militar na região da fronteira com a Colômbia após confirmar a morte da equipe de imprensa sequestrada por dissidentes da guerrilha Foto: AFP PHOTO / Raul ARBOLEDA

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Martínzes afirmou que a onda de violência provocada pelos dissidentes na fronteira da Colômbia com o Equador está afetando “a tranquilidade e o sossego de um país amigo”. No fim de março, uma equipe do jornal equatoriano “El Comercio” foi sequestrada e morta na região. O governo de Quito emitiu ordem de captura para “Guacho”, que deve ser cumprida pelas autoridades militares do país em até dez dias.+ Moreno dá prazo de dez dias para prisão de principal suspeito de assassinar jornalistas

O vice-presidente colombiano, Óscar Naranjo, assegurou que as autoridades do país tem como “prioridade” sufocar a onda de violência na fronteira com o Equador. Desde janeiro, o grupo de dissidentes das FARC detonaram sete explosivos e mataram quatro membros da Marinha colombiana. Recentemente, um casal foi sequestrado na região.+ Guerrilheiros suspendem entrega de corpos dos jornalistas equatorianos à Cruz Vermelha

Mais de 12 mil soldados e policiais foram enviados para patrulhar a região, afirmou a chancelaria colombiana. //EFE