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Duhalde convoca país a fazer plano de ação

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Eduardo Duhalde falou nesta segunda-feira à noite ao país em rede de rádio e televisão para anunciar que convocou representantes de vários setores da sociedade argentina para elaborar um plano de ação que será a base de seus dois anos de governo. Partidos políticos, empresários, sindicatos e organizações não-governamentais e outros membros da sociedade civil serão ouvidos em reuniões realizadas em Buenos Aires e no interior do país para elaborar as propostas que permitam superar a crise social e econômica atual. Duhalde disse que a crise foi provocada pela ação de "incapazes e corruptos". Segundo ele, depois que forem encontradas as soluções de emergência para a crise, a Argentina terá de fazer uma reforma constitucional para reduzir os gastos políticos e reestruturar o Estado. Mesmo sem falar em nenhuma medida específica de aprofundamento da integração regional, Duhalde disse que o Mercosul deve ser ?um grande pólo de progresso e paz?. O presidente começou seu discurso afirmando que renunciava a ser candidato à presidência nas eleições de 2003 e que renunciou a todos seus cargos partidários. "Quero ser um trabalhador desta convergência neste momento que o país ficou à beira do caos e da violência fratricida". Duhalde afirmou que sua ambição é que a Argentina volte a ser um país respeitado e entregar um país ordenado ao seu sucessor. O presidente gravou seu discurso em uma igreja de Buenos Aires, sentado entre o presidente da Conferência Episcopal Argentina, Estanislao Karlic, e do embaixador representante do Programa das Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento, Carmelo Angulo Barturen. O chamado "diálogo multisetorial" será realizado sob o aval da Igreja Católica e terá assistência técnica e material da ONU. "Estamos tentando sair do estado de perplexidade a que a corrupção nos levou", afirmou o monsenhor Karlic. O embaixador da ONU afirmou que as propostas deverão ser específicas, conter prazos de realização e submetidas à aprovação de todos os setores, inclusive da parcela da população que nunca é ouvida. Leia o especial

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