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E-mails complicam novo diretor de agência ambiental de Trump

Documentos revelam os estreitos laços entre o novo chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) e os que lucram queimando combustíveis fósseis

Atualização:

Quando uma tempestade deixou sem luz a casa de Scott Pruitt, três anos atrás, o então procurador-geral de Oklahoma procurou um lobista que atuava junto à American Electric Power (AEP). Um assessor de Pruitt mandou um e-mail para Howard Ground perguntando quando a luz voltaria. O lobista pediu o endereço e uma equipe de emergências da AEP chegou à casa do republicano em Tulsa. 

A troca de e-mails de 2013 é uma das dezenas examinadas pela AP que revelam os estreitos laços entre o novo chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) e os que lucram queimando combustíveis fósseis. A AEP produz 60% de sua eletricidade a partir do carvão, provocando aquecimento global com as emissões de carbono que Pruitt está agora encarregado de controlar.

Trump.Acusações e promessas Foto: EFE/SHAWN THEW

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Mais de 7,5 mil páginas de documentos foram liberadas por ordem judicial nesta semana. Os e-mails mostram Pruitt e sua equipe coordenando estratégias legais com executivos da indústria do petróleo. Ao se oporem à indicação de Pruitt para comandar a EPA, ambientalistas citaram as ligações de Pruitt com a indústria de combustíveis fósseis. Como Trump, Pruitt questiona as razões do aquecimento global. 

A equipe de Pruitt também manteve contato direto com o American Legislative Exchange Council (Alec) e com o Americans for Prosperity (AFP) para coordenar a oposição às novas regulamentações da EPA. A gigante da indústria petrolífera ExxonMobil é grande doadora da Alec, enquanto a AFP é estreitamente ligada às Indústrias Koch, que possuem dutos petrolíferos. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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