Egito condena líder da Irmandade à perpétua

Outros quatro membros do grupo radical islâmico foram sentenciados à morte; Hamas é declarado grupo terrorista

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CAIRO - Um tribunal do Egito condenou neste sábado, 28, o líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, à prisão perpétua e confirmou a pena de morte, ditada em dezembro, a quatro outros acusados de serem responsáveis pela morte de manifestantes em 30 de junho de 2013. 

Ao menos 12 egípcios foram mortos em confrontos com partidários do então presidente Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, durante um protesto contra o grupo radical islâmico. Três dias depois, Morsi, o primeiro presidente civil eleito democraticamente no Egito, foi deposto pelo Exército. 

Membroda Irmandade Muçulmana Essal al-Eyran (esq.) e o guia supremo da entidade, Mohamed Badi, em tribunal, no Cairo Foto: EPA/EFE/

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Desde que o ex-chefe das Forças Armadas, Abdel-Fattah al-Sissi depôs Morsi e assumiu a presidência, as autoridades egípcias lançaram uma sangrenta repressão a seus simpatizantes, causando a morte de pelo menos 1,4 mil pessoas. Centenas de partidários de Morsi foram condenados à morte em julgamentos sumários e outros 15 mil foram detidos. Em dezembro, a Irmandade Muçulmana foi declarada uma organização terrorista.

Hamas. Ainda neste sábado, um tribunal egípcio declarou o grupo palestino Hamas, originário da Irmandade Islâmica, um grupo terrorista, semanas depois de seu braço armado, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, ser alvo da mesma condenação.

As autoridades egípcias acusam o Hamas de estar diretamente envolvido nos ataques contra o Exército e a polícia na Península do Sinai. Os ataques se multiplicaram depois que o Exército depôs Morsi e Al-Sissi assumiu a presidência do Egito. 

No ano passado, um tribunal proibiu as atividades do movimento palestino no território egípcio e ordenou o congelamento de seus bens./ REUTERS e FRANCE PRESSE

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