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Egito fará novo julgamento de jornalistas da Al Jazeera presos, diz advogado

CAIRO - Autoridades egípcias marcaram para dia 12 o início de um novo julgamento de dois jornalistas da Al Jazeera que estão presos, disse neste domingo o advogado de um deles. "A sessão foi marcada para 12 de fevereiro de 2015. É a nova sessão para o novo julgamento", disse Mostafa Nagy, advogado do jornalista egípcio Baher Mohamed. 

Atualização:

Mohamed Fahmy e Baher Mohamed foram condenados a 7 e 10 anos de cadeia respectivamente, no ano passado, por diversas acusações, inclusivle a de espalhar mentiras para auxiliar uma organização terrorista, numa referência à irmandade muçulmana. O egípcio Mohamed recebeu pena mais longa pela posse de uma única bala de munição.

Um mês atrás, o tribunal determinou que fossem julgados novamente.

Jornalistas e fotógrafos protestam contra a prisão do fotojornalista Abou Zeid, também conhecido como "Shawkan", diante do Sindicato da Imprensa do Cairo. Shawkan, trabalhando para a agência londrina Demotix, foi detido sem acusação formal em agosto de 2013. Os manifestantes também exigem a libertação do egípcio Baher Mohamed e do canadense Mohamed Fahmy, que vão a julgamento quinta (12) Foto: Abd El Ghany/Reuters

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Um terceiro repórter da rede, o australiano Peter Greste, também foi julgado mas foi liberdado no último domingo e deportado depois de passar 400 dias na prisão. Autoridades afimaram que o canadense-egípcio Fahmy pode ser deportado em breve. Desde novembro, o presidente egíbcio Abdel Fattah al-Sisi tem o poder de aprovar a deportação de prisioneiros estrangeiros.Mohamed é egípcio, sem outra nacionalidade, o que torna seu caso mais difícil de resolver.

As autoridades egípcias acusam a rede qatariana Al Jazeera de ser porta-voz da Irmandade Muçulmana, movimento que o exército retirou do poder em 2013. A Al Jazeera nega a acusação.

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