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Ehud Olmert e Mahmoud Abbas vão se reunir no Egito

Encontro terá a participação também do rei da Jordânia e presidente egípcio

Por redacao
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se reunirão na próxima semana no balneário egípcio de Sharem el-Sheikh. Eles vão tentar reforçar as relações entre os dois governos depois da tomada de Gaza pelo Hamas. O encontro foi negociado pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, e terá a participação também do rei Abdullah, da Jordânia, informa nesta quinta-feira, 21, o jornal israelense Ha´aretz. Na cúpula regional, todas as partes deverão expressar seu apoio a Abbas, no que parece uma frente comum contra os radicais do movimento islâmico, segundo a fonte. A realização da cúpula foi anunciada na quarta-feira pelo assessor presidencial palestino Nabil Abu Rudeina. Ele antecipou que o governante de um país árabe também participaria, sem revelar qual. Olmert retornou na quarta-feira à noite dos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente George W. Bush. Ele prometeu fazer o possível para ajudar Abbas e seu novo governo de emergência. Antes da cúpula, Israel deve adotar uma série de medidas para aumentar a popularidade do presidente palestino e de seu novo Gabinete. Uma delas pode ser a abertura de passagens fronteiriças na Cisjordânia, melhorando a qualidade de vida da população. Outra possibilidade é o descongelamento de centenas de milhões de dólares retidos da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Os fundos correspondem à arrecadação de impostos e taxas de alfândegas, que Israel não entregava alegando que os islâmicos faziam parte do Executivo. O assessor presidencial Yasser Abed Rabbo disse que também espera de Israel uma decisão a respeito da libertação de presos palestinos em prisões israelenses. O objetivo é que Abbas saia reforçado e ganhe popularidade na Cisjordânia, sob seu controle, e também em Gaza, controlada pelo Hamas. Na quarta-feira à noite, numa nova demonstração de força, cerca de 5 mil militantes do Hamas se manifestaram na Cidade de Gaza para expressar sua rejeição a Abbas, que chamaram de "traidor e infiel". Eles queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos. O presidente tinha pronunciado pouco antes um discurso, transmitido pela televisão, dizendo que os dirigentes do Hamas são "traidores" da causa palestina e "terroristas assassinos".

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