PALMIRA - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou três pessoas na cidade antiga de Palmyra, amarrando-as a três colunas históricas que seriam explodidas, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos na segunda-feira 26.
Segundo a ONG sediada em Londres, "no domingo três pessoas foram amarradas às colunas, que posteriormente (os jihadistas) explodiram".
Segundo Khaled al Homsi, militante de Palmyra, o grupo jihadista não informou as identidades das pessoas executadas, nem a razão das execuções. "Não havia ninguém ali para assistir (às execuções). As colunas foram destruídas e o EI impediu o acesso ao local", disse Al Homsi.
O EI, que em maio expulsou de Palmyra as forças militares do regime do presidente sírio, Bashar Assad, já destruiu parte da riqueza arqueológica da cidade, qualificada pela Unesco parte do Patrimônio Mundial da Humanidade.
Em outubro, o EI destruiu o Arco do Triunfo da cidade e em setembro vários monumentos funerários, depois de ter explodido um mês antes os dois templos mais belos da cidade, de Bel e Balshamin.
Antes do começo do conflito na Síria, em 2011 (que deixou mais de 250 mil mortos), cerca de 150 mil pessoas visitavam anualmente as ruínas de Palmira. /AFP