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EI lança ofensiva em cidade síria após perder territórios para forças curdas

Jihadistas tentam ocupar região de Kobani, na fronteira com a Turquia; confrontos deixaram mulheres e crianças mortas

Atualização:

BEIRUTE - Combatentes do Estados Islâmico (EI) lançaram ataques simultâneos contra o governo sírio e milícias curdas durante a noite, voltando a assumir ações ofensivas depois de perder terreno nos últimos dias para forças lideradas pelos curdos perto da "capital de seu califado", a cidade de Raqqa.

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Depois de recentes derrotas para forças curdas apoiadas por ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos, o EI procurou retomar a iniciativa com investidas contra a cidade de Kobani, na fronteira entre Síria e Turquia, e áreas controladas pelo governo sírio em Hasaka, no nordeste do país.

Nos confrontos da manhã desta quinta-feira, 25, ao menos 20 curdos foram mortos, entre eles mulheres e crianças, em uma aldeia, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Kobani havia sido retomada pelos curdos há cinco meses.

O governo turco afirma que os jihadistas que estão lutando em Kobani já estavam em território sírio e não entraram na cidade pela fronteira. Partidos pró-curdos dizem que os integrantes do EI entraram na Síria pela Turquia.

Os ataques do Estado Islâmico ocorrem duas semanas depois do avanço contínuo dos curdos no território sob controle dos jihadistas, chegando a uma distância de 50 quilômetros de Raqqa, numa ação que os EUA consideraram um sucesso.

Desde o ano passado, a coalizão internacional bombardeia posições do EI para tentar esmagar o grupo, que há um ano proclamou um califado para governar todos os muçulmanos dos territórios da Síria e do Iraque.

A campanha liderada pelos EUA enfrentou sérios reveses no mês passado, quando o grupo jihadista se apoderou de importantes cidades na Síria e Iraque.

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O mais recente avanço curdo na Síria novamente alterou o jogo de forças em detrimento dos jihadistas, mas os combatentes do Estado Islâmico costumam adotar a tática de avançar em outros lugares quando perdem terreno em alguma área. /AFP e REUTERS

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