EI lucra até US$ 200 milhões com antiguidades, diz Rússia
Em carta, embaixador russo na ONU afirma que antiguidades saqueadas são na sua maior parte contrabandeadas via território turco
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Por Redação
Atualização:
NAÇÕES UNIDAS - Os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque estão lucrando entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões por ano com o comércio ilícito de antiguidades saqueadas, afirmou o embaixador russo na ONU numa carta divulgada nesta quarta-feira, 6.
"Cerca de 100 mil objetos de importância global, incluindo 4,5 mil sítios arqueológicos, 9 deles incluídos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, estão sob o controle do Estado Islâmico na Síria e no Iraque”, afirmou o embaixador Vitaly Churkin em carta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI
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Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI
Comparação do icônico Templo de Bel, na histórica cidade síria dePalmyra, em imagens feitas em março de 2014, antes da invasão do EI,e setembro de 201... Foto: AFP PHOTO / Joseph EID AND Maher AL MOUNESMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
O Arco do Triunfo, na histórica cidade síria de Palmira, está entre as construções destruídas pelos combatentes do Estado Islâmico; no domingo, 27, o ... Foto: AFP PHOTO / LOUAI BESHARA AND STRINGERMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Depois de o Exército sírio recuperar o controle de Palmira, a agência oficial Sana divulgou uma série de fotos da cidade que foi amplamente destruída ... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Em Palmira, na Síria, estão localizadas várias construções de alto valor arqueológico, comoesculturasepilares erguidos há mais de 15 séculos; boa part... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Cartaz com o logo do Estado Islâmico em Palmira, na Síria, foi parcialmente destruído durante combate entre o Exécito de Bashar Assad e os jihadistas,... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Em árabe, banner removido pelo Exército sírio localizava o "Tribunal islâmico na Província de Homs", na qual está localizada a cidade de Palmira Foto: SANA
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Interior do Museu de Palmira, na Síria, praticamente todo destruído; imagens do local foram divulgadas nesta segunda-feira, 28, um dia depois de o Exé... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Dezenas de peças e artefatos históricos abrigadas pelo Museu de Palmira foram destruídos pelo Estado Islâmico; especialistas estimam ser necessários a... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Estátuas do Museu de Palmira, na região central da Síria, parcialmente destruídas; Unesco disse que Rússia ajudará Damasco a remover minas terrestres ... Foto: SANA via APMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Soldados sírios patrulham as ruas de Palmira depois de os combatentes do Estado Islâmico serem expulsos da histórica cidade no domingo, 27 Foto: SANA via AP
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Dois soldados leais ao presidente Bashar Assad fazem uma selfie em área residencial de Palmira depois de o Exército do país recuperar a cidade control... Foto: AFP PHOTO / Maher AL MOUNESMais
Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI
Soldados do governo sírio erguem suas armas em sinal de vitória após a batalha que expulsou os jihadistas do EI da cidade de Palmira Foto: SANA via AP
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"O lucro obtido com o comércio ilegal de antiguidades e tesouros arqueológicos é estimado entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões por ano”, declarou.
O contrabando de objetos, escreveu Churkin, é organizado pela divisão de antiguidades do Estado Islâmico dentro do equivalente a um ministério de recursos naturais do grupo. Somente os que têm a autorização com um selo dessa divisão podem escavar, remover e transportar antiguidades.
Detalhes do departamento do grupo para espólios de guerra já foram revelados pela agência Reuters, que analisou alguns documentos apreendidos pelas Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos numa ação em maio de 2015 na Síria. Contudo, muitos detalhes da carta de Churkin parecem informações novas.
O enviado russo afirmou que as antiguidades saqueadas são na sua maior parte contrabandeadas via território turco. Autoridades turcas não estavam imediatamente disponíveis para comentar as alegações.
Churkin afirmou que joias, moedas e outros objetos são levados à Turquia, onde grupos criminosos produzem documentos falsos sobre a sua origem. “As antiguidades são então oferecidas a colecionadores de vários continentes, geralmente em leilões na internet em sites como eBay e lojas online especializadas”, disse.
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O site eBay não respondeu imediatamente aos pedidos para comentar a informação. “Recentemente, o Estado Islâmico tem explorado o potencial das redes sociais com cada vez mais frequência para cortar o intermediário e vender os artefatos diretamente para os compradores”, declarou. / REUTERS