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Eleição para deputados afastados da Assembleia Nacional ocorrerá em 20 de dezembro , diz Maduro

Segundo ele, no entanto, a data ainda deve ser confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira, 17, que as eleições para substituir os três deputados afastados do Estado de Amazonas - que pode confirmar a maioria absoluta da oposição na Assembleia Nacional - devem ocorrer em 20 de dezembro. Segundo ele, no entanto, a data ainda deve ser confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

"Quando o CNE anunciar as eleições, em 20 de dezembro ou não sei quando, elegeremos esses deputados", disse Maduro.

Na terça-feira, a Assembleia aceitou a renúncia desses deputados após quase um ano de impasse com a Justiça venezuelana, que decidiu barrá-los após uma suspeita de fraude. 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), cumprimenta Jesus Torrealba , secretário executivo da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática, durante primeirodiálogo mediado pelo Vaticano Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

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Mais cedo, os mediadores do diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição pediram o fim à campanha de desqualificações públicas para fazer avançar o processo que busca reverter a crise política e econômica no país.

"Fazemos um apelo a todas as autoridades políticas do Governo Nacional e da Mesa de Unidade Democrática (MUD) para que respeitem o espírito e o conteúdo da Declaração Conjunta 'Conviver em Paz' (aprovada em 12 de novembro)", afirma um comunicado divulgado pela secretaria da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O documento inclui o pedido para que "se ponha fim à campanha de desqualificações públicas que não contribuem para a convivência pacífica" na Venezuela, com o objetivo de "preservar as conquistas" alcançados até agora.

A secretaria-geral da Unasul, o representante do Vaticano, monsenhor Claudio María Celli, e os ex-presidentes Leonel Fernández, José Luis Rodríguez Zapatero e Martín Torrijos acompanham o diálogo entre o governo e a oposição.

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No sábado passado, ambas as partes se comprometeram a manter "uma convivência pacífica, respeitosa e construtiva", de modo a encontrar um caminho para solucionar a crise.

Nos acordos anunciados, não há menção à exigência da oposição de reativar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, ou de antecipar eleições para o primeiro trimestre de 2017. A próxima reunião entre os delegados do governo e da oposição está prevista para 6 de dezembro./ AFP

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