Coreia do Norte comunica novo lançamento de satélite

Comunidade internacional teme que país prepare lançamento de um míssil de longo alcance após teste nuclear

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Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, assina autorização para teste com bomba de hidrogênio Foto: AFP PHOTO / KCNA

PYONGYANG - O governo da Coreia do Norte comunicou nesta terça-feira, 2, à União Internacional de Telecomunicações (UIT) o plano para enviar um satélite de observação aérea, em meio a suspeitas de que na realidade prepara o lançamento de um míssil de longo alcance. O anúncio foi feito semanas depois o país ter realizado um teste nuclear, supostamente com uma bomba de hidrogênio.

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"Recebemos uma carta da missão diplomática da Coreia do Norte (perante a ONU e seus organismos especializados em Genebra) dizendo que planeja lançar um satélite de observação área, os que são utilizados no estudo da Terra", disse o porta-voz da UIT, Sanjay Acharya.

A Coreia do Norte não comunicou à UIT - organismo das Nações Unidas dedicado à gestão dos espectros de rádio e das órbitas para satélites, entre outras funções - a data na qual pensa em pôr em órbita o satélite nem quando estará operacional.

Questionado sobre se é possível fazer o lançamento de um míssil passar pelo de um satélite, o porta-voz se limitou a assinalar que "falta muita informação" e "é difícil dizer algo a respeito".

Pyongyang também comunicou à Organização Marítima Internacional (OMI), com sede em Londres, sobre o lançamento de um "satélite" entre os dias 8 e 25 de fevereiro.

Durante os últimos dias se observou através de imagens de satélite uma intensificação da atividade nas instalações de lançamento de Dongchang-ri, ao nordeste da península coreana, razão pela qual acredita-se que o regime prepara um novo teste de míssil balístico de longo alcance.

O último lançamento deste tipo aconteceu em 2012, quando o regime conseguiu pôr em órbita um satélite com seu foguete de longo alcance Unha-3, ação que a comunidade internacional considerou parte de seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e que deu lugar a novas sanções da ONU.

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Neste momento o Conselho de Segurança das Nações Unidas estuda impor sanções adicionais a Coreia do Norte como resposta ao quarto teste atômico do regime de Kim Jong-un. / EFE

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